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Vitória: Hospital Vita funcionará mesmo com despejo de gestora

23/05/2018

O funcionamento do Hospital Vita, em Volta Redonda, não será descontinuado com o despejo da empresa Grupo Vita, atual administradora do hospital. Em decisão divulgada na segunda-feira, 21, o juiz Roberto Henrique dos Reis, da 4ª Vara Cível, anunciou que o grupo deve se retirar do estabelecimento hospitalar até o dia 30 de junho, mantendo todos os equipamentos e documentos contábeis no local. A partir de 1º de julho, a Secretaria Municipal de Saúde de Volta Redonda será a responsável pelos atendimentos prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) da unidade, e o Centro Médico, que reúne os médicos e outras empresas que prestam serviço ao Vita, ficará em cargo dos outros atendimentos e da contratação temporária dos funcionários que atualmente trabalham no Vita.

A solicitação de despejo do Grupo Vita foi feita pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), dona do imóvel, que alega a falta de pagamentos por parte da empresa.  No texto de sua decisão, o magistrado aponta que o Vita é o maior hospital da região Sul Fluminense e que há um interesse social a ser preservado, visto que milhares de famílias dependem do funcionamento da unidade e que os outros estabelecimentos médicos da região não teriam capacidade de absorver sua demanda.   

O juiz também destaca em seu despacho a participação do CREMERJ em uma das audiências entre as partes realizada no dia 11 de maio, ressaltando a relevância da unidade. “Conforme declinado na audiência pelo representante do CREMERJ, o número de vagas em hospitais na nossa região encontra-se próximo do ponto de saturação, com ocupação de leitos, mormente de UTIs E CTIs próximo de 90%, o que torna evidente que o fechamento do Hospital Vita não se mostra decisão razoável, levando-se em conta que o despejo e fechamento imediato do hospital colocará em risco o atendimento hospitalar”, afirmou Roberto Henrique dos Reis.

O CRM acompanhou de perto as possíveis consequências do imbróglio judicial entre a CSN e o Grupo Vita por meio de sua seccional de Volta Redonda, coordenada pelo conselheiro Olavo Marassi.  Olavo e outros representantes do Conselho se reuniram com o corpo clínico da unidade e participaram de audiências contra o fechamento do hospital, que emprega 340 médicos, realiza 20 cirurgias cardíacas por mês pelo SUS e possui quatro leitos de CTI para atendimento a queimados.

“Estivemos sempre junto com as equipes do hospital, que chegaram a montar uma comissão que foi a São Paulo para tratar do assunto diretamente com a direção da CSN. A garantia de continuidade das atividades da unidade, mesmo com o despejo de sua atual empresa administradora, é uma conquista da mobilização dos funcionários do Hospital Vita em defesa da saúde da população não apenas de Volta Redonda, mas de toda a região”, salientou Olavo.