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Conselheiros se reúnem com secretário de saúde de São Gonçalo

28/02/2018

Os diretores Gil Simões, Érika Reis e José Ramon Varela Blanco receberam nesta quarta-feira, 28, o secretário de saúde de São Gonçalo, Dimas Gadelha, para debater problemas nas unidades do município. Participou também da reunião o coordenador da seccional de São Gonçalo, Amaro Alexandre Neto.

Segundo o secretário, o município, com mais de 1 milhão de habitantes, passa por sérias dificuldades orçamentárias, especialmente na área da saúde. A cobertura de saúde suplementar caiu cerca de 10%. Hoje são 100 unidades básicas de saúde, entre elas sete clínicas da família, – várias sem registro no CREMERJ – cinco polos sanitários, três policlínicas, uma Clínica da Criança e uma Clínica da Mulher.

O secretário esclareceu o problema de atraso no salário dos médicos que aconteceu no mês de fevereiro. Segundo ele, os encargos dos estatutários eram cobertos pela Secretaria de Fazenda, no entanto, uma demanda do Tribunal de Contas da União, levando em conta a análise das contas de 2016, determinou que os gastos em saúde deveriam sair do Fundo Municipal de Saúde. De acordo com Dimas Gadelha, o orçamento do pagamento dos estatutários não estava previsto no orçamento do Fundo e, por isso, o prefeito precisou sancionar um decreto para fazer essa realocação e essa burocracia gerou o atraso. Ele garantiu que esses atrasos não acontecerão mais, porque agora as ações de realocação já foram tomadas.

Outra questão discutida foi o atendimento de urgência em São Gonçalo. Atualmente, o município conta com quatro unidades de atendimento de emergência, além do Pronto Socorro Central. O Hospital Estadual Alberto Torres tem focado seu atendimento em trauma, de forma que há até uma orientação para que pacientes que cheguem ao Pronto Socorro Central com trauma sejam estabilizados e encaminhados para a referência. Mas nem sempre esse planejamento funciona efetivamente.

“Na ponta a coisa acaba sendo diferente e temos conflitos entre os médicos. Temos recebido várias denúncias sobre isso na seccional. É preciso chegar a um consenso sobre isso e ver o que realmente funciona”, contou o coordenador da seccional de São Gonçalo, Amaro Alexandre.

Durante a reunião, o diretor secretário geral Gil Simões apresentou a Gadelha o resultado das fiscalizações do CREMERJ em São Gonçalo desde o ano passado. Dentre outras questões, salientou-se a estrutura física precária de algumas unidades, como o Polo Sanitário Marcos Rangel e a Unidade de Saúde da Família Zé Garoto e a grave falta de medicamentos na Clínica Municipal Gonçalense. Além disso, algumas unidades reclamam de irregularidade no repasse de verbas do município para as Organizações Sociais que as administram.

“A Comissão de Saúde Pública recebe muitas denúncias dos médicos de São Gonçalo. Várias fiscalizações foram realizadas tendo sido encontradas muitas inconformidades. Sua presença no CREMERJ possibilita um canal de discussão para propor melhorias”, disse Gil Simões.