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CREMERJ promove Café com a Cocem no Hupe

24/07/2017

A Coordenação das Comissões de Ética Médica (Cocem) do CREMERJ se reuniu com membros da comissão de ética do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), nessa terça-feira, 18, para mais um Café com a Cocem. O debate foi em torno das questões que envolvem a ética médica neste momento de grave crise na saúde pública.
 
Estavam presentes na reunião, o vice-presidente do CRM e coordenador da Cocem, Serafim Borges, e os diretores Erika Reis e Marcos Botelho, além de representantes da comissão de ética médica da unidade: Haroldo Coelho da Silva, Raquel Zeitel, Marcelo Campos, Jorge Eduardo Pinto e Edmar Santos, diretor da unidade.
 
Serafim Borges iniciou o Café com a Cocem explicando o propósito do encontro nas unidades e lamentou as dificuldades que o Hupe atravessa, devido à crise na saúde do Rio de Janeiro. Ele informou aos representantes da comissão da ética as ações que o CREMERJ tem realizado junto às autoridades para auxiliar a unidade.
 
“Estamos desde o início acompanhando de perto a crise no Hupe que, infelizmente, só tem se agravado. Temos atuado na articulação política, junto ao Edmar, para que esta situação seja revertida o mais rápido possível. No dia 19 de junho parte da diretoria do CREMERJ estará em reunião com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, e o Hupe será uma de nossas pautas de discussão. É preciso que as autoridades entendam a importância deste hospital para a assistência à população e também para a formação de profissionais de diversas áreas da Saúde”, disse Serafim Borges aos representantes da comissão da ética.
 
Haroldo Coelho falou sobre a situação do hospital. “Estamos vivendo no Hupe uma questão ética muito séria, que é até onde cobrar (e exigir) dos funcionários. Há colegas que ficaram sem moradia, devido à falta de salário, e isso resulta em desânimo e falta de motivação na equipe. Mas os doentes não param de chegar e temos o dever de dar assistência, já que optamos por lidar com a vida humana”, explicou Haroldo.
 
Edmar Santos citou o possível fechamento de setores do hospital, os dilemas éticos e como a falta de investimentos afeta a assistência médica. “Se optarmos por fechar setores, muitos pacientes ficarão desassistidos. Portanto é importante que continuemos funcionando, mesmo diante desses problemas, para garantir o atendimento à população”, desabafou.
 
O diretor do CRM Marcos Botelho aconselhou os representantes da comissão de ética a fazerem relatórios detalhados sobre todos os procedimentos, dificuldades nos atendimentos e enviá-los com frequência à Cocem do CREMERJ.
 
Segundo a diretora do CRM Erika Reis, o Conselho sabe que os colegas se dedicam, mesmo com tantos problemas no Hupe, e se esforçam para manter um atendimento de qualidade para a população. “O CREMERJ estará presente para dar suporte quando necessário e, junto ao setor jurídico, verificamos o que pode ser feito para auxiliar no trabalho dos médicos, como em casos extremos vivenciados nas unidades públicas”, encerrou a diretora.