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Café com a Cocem debate retirada do teste do pezinho no Iede

06/06/2017

A retirada do exame de triagem neonatal, conhecido como teste do pezinho, do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (Iede) foi o tema da reunião “Café com a Cocem”, promovido pela Coordenação das Comissões de Ética Médica (Cocem) do CREMERJ, nesta terça-feira, 6.

Além dos membros da comissão de ética da unidade, participaram do encontro, o vice-presidente do CRM e coordenador da Cocem, Serafim Borges, e os conselheiros Armindo Fernando da Costa e José Ramon Blanco, que também preside a Associação Médica do Estado do Rio de Janeiro. 

Na ocasião, os médicos demonstraram preocupação com o seguimento e com a qualidade da assistência realizada pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). O CREMERJ havia recebido uma denúncia que os exames de teste do pezinho não estariam sendo realizados como deveriam pela associação.

Eles contaram que não foram comunicados oficialmente do encerramento do programa e que tiveram conhecimento da sua retirada através da imprensa. A unidade, que realizava cerca de 20 mil exames por mês, sofria com a constante falta de reagentes para a realização do teste.

O coordenador do Programa “Primeiros Passos” de Triagem Neonatal, Luiz Povoa, relatou que, com a descontinuidade do teste, doenças como hipotiroidismo congênito, deficiência de biotinidase e anemia falciforme não estão sendo mais triadas na unidade.

“Essas doenças precisam ser diagnosticadas o mais rápido possível, pois podem causar danos irreparáveis nos pacientes. Em vez de a secretaria resolver a falta de materiais para a realização do exame, eles decidiram por transferir o programa. E não há indícios de que o serviço esteja sendo bem executado, o que nos deixa muito preocupados, pois sem o seu funcionamento adequado a população ficará desassistida”, frisou.

De acordo com o coordenador, menos de 10% das amostras recolhidas na unidade e encaminhadas à Apae desde fevereiro tiveram seus resultados entregues. Luiz Povoa ressaltou que o Iede só teve o retorno do resultado de 50 exames. 

Os médicos da comissão de ética ainda relataram que, após a transferência do programa, não estão recebendo pacientes com fibrose cística e hipotiroidismo congênito, que são as enfermidades mais encontradas nos pacientes.

Serafim encerrou a reunião ressaltando que os questionamentos dos médicos serão levados a direção do CREMERJ.