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CREMERJ se reúne com médicos do Hospital Cardoso Fontes

26/04/2017

O coordenador da Comissão de Saúde Pública do CREMERJ, Pablo Vazquez, e a diretora Erika Monteiro se reuniram, nessa terça-feira, 25, com membros da Comissão de Ética do Hospital Federal Cardoso Fontes. O objetivo do encontro era repassar o que foi discutido em reunião do CREMERJ do dia 20 de abril com representantes do Departamento de Gestão Hospital (DGH) do Núcleo Estadual no Rio de Janeiro (Nerj) do Ministério da Saúde em relação aos hospitais federais, especialmente sobre os problemas de recursos humanos das unidades.

"O DGH não nos deu esperanças em relação à situação dos médicos. Disseram que não há concursos previstos pelo Ministério da Saúde. A possibilidade de reforma da Previdência, além dos problemas de financiamento e estrutura nos hospitais, fez com que a aposentadoria se tornasse atraente para muitos profissionais nesse momento. E isso está se refletindo nos nossos hospitais federais. Esses profissionais que saem não estão sendo substituídos e vários contratos temporários terminados estão sem previsão de renovação. O que está acontecendo, na verdade, é um projeto de desmonte das unidades, mas não podemos permitir esse absurdo", esclareceu Vazquez.

Os médicos presentes à reunião fizeram relatos sobre a situação do corpo clínico do hospital, mostrando sua preocupação com a qualidade do trabalho médico, afetado pela sobrecarga de trabalho, e com a adequada assistência à população. Fizeram uma reforma na estrutura da nossa emergência, mas o que vemos é que não há médicos suficientes no atendimento. Hoje mesmo temos dois médicos para atender 22 pacientes na enfermaria de clínica médica. Nossa clínica médica está para perder 160 horas semanais de trabalho de médicos por aposentadoria. A cirurgia geral perde 180 horas. Na oftalmologia, temos três médicos, dois foram cedidos pelo município e só um é federal", informou Magali Luppo, presidente da Comissão de Ética do Hospital Cardoso Fontes.

Os diretores do CREMERJ se comprometeram a ajudar no que for possível junto às autoridades responsáveis. "Os hospitais federais têm grande importância no atendimento à saúde da população no Rio de Janeiro. Vamos continuar lutando para que possam ter estrutura adequada e serviços de excelência, por isso precisamos nos manter unidos e organizados. É fundamental a participação de todos os colegas na assembleia que faremos no dia 10 de maio, às 19h30, na sede do Conselho", frisou Erika Reis.