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Dilemas éticos sobre o fim da vida são debatidos no Rio

20/03/2017

A Confederação Médica Latino-Americana e do Caribe (Confemel) promoveu nesse final de semana, 17 e 18, o I Encontro Latino-Americano sobre Dilemas Éticos Relativos ao Fim da Vida. O evento reuniu representantes da entidade, da Associação Médica Brasileira (AMB), do Conselho Federal de Medicina e da Associação Médica Mundial (WMA), com objetivo de discutir aspectos éticos relacionados ao fim da vida. O presidente do CREMERJ, Nelson Nahon, compareceu à solenidade de abertura.

“É muito importante discutir questões como testamento vital, ortotanásia, distanásia e autanásia. São assuntos novos dentro da medicina que precisam ser debatidos e que envolvem aspectos médicos, éticos, legais, religiosos e, principalmente, de foro íntimo de cada paciente. Um debate atual e de suma importância de ser realizado”, declarou Nelson Nahon.

Participaram da abertura do evento: o presidente e o vice-presidente da Confemel, Jeancarlo Fernandes Cavalcante e Alexis Castilho; o presidente do CFM, Carlos Vital; o presidente da Organização Médica Colegial da Espanha; Juan José Rodriguez Sendin; o coordenador do Comitê de Assuntos Médicos da Associação Médica Mundial, Miguel Roberto Jorge; e o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso Filho.

Carlos Vital falou sobre a importância de debater um tema tão polêmico e já discutido no mundo inteiro. “Nós temos, aqui no Brasil, institutos também criados com o objetivo de falar da ortotanásia. A Associação Médica Mundial pretende apresentar uma declaração sobre esses temas em 2018 e, hoje, existe uma programação de discussão em cada região do mundo para ser utilizado como subsídios. O Brasil sedia as Américas na discussão do tema, que contribuirão para apresentar formas de pensamento e cultura que implicam, necessariamente, em padrões culturais, sociais e religiosas”, disse Vital.

Na programação do evento, palestras abordaram aspectos morais, éticos e jurídicos do fim da vida; os limites para o tratamento; decisões sobre medicar, alimentar e sedar; direitos do paciente e objeção consciente a medidas de sustentação da vida.

Para o conselheiro do CREMERJ e diretor do CFM Sidnei Ferreira, a discussão sobre a terminalidade da vida é sempre muito difícil para a família e a equipe médica que cuida do paciente. “O mundo discute eutanásia, suicídio assistido por médico, ortotanásia, distanásia e mistanásia. Por outro lado, são claros os avanços dos cuidados paliativos e dos direitos dos pacientes. Esse tema difícil e complexo reuniu especialistas do Brasil e de outros países, além de entidades médicas das mais representativas. O Código de Ética Médica atual e a Resolução do CFM sobre testamento vital têm ajudado na discussão, inclusive no Judiciário e no Supremo Tribunal Federal. Creio que esse encontro nos ajuda no entendimento e evolução do tema e o que pensam outros países”, falou Sidnei.

Os diretores do CRM Renato Graça e José Ramon Blanco, que também preside a Associação Médica do Estado do Rio de Janeiro, participaram do evento.