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CRM se reúne com autoridades de Saúde de Cabo Frio e Saquarema

13/02/2017


A crítica situação enfrentada na rede pública de saúde na Região dos Lagos motivou  uma reunião entre a diretoria do CREMERJ, o Ministério Público Estadual (MPE), e autoridades de Cabo Frio e Saquarema, ocorrida nessa quarta-feira, 9.

Após fiscalizações em unidades da região, algumas delas feitas em parceria com o MPE, e com o início de novos mandatos das gestões municipais em janeiro, o presidente do CREMERJ, Nelson Nahon, o diretor Gil Simões e o coordenador da seccional, José Antônio da Silva, ouviram propostas para a rede de saúde do prefeito de Cabo Frio, Marquinho Mendes, e dos secretários de Saúde de Cabo Frio, Roberto Pillar, e de Saquarema, João Alberto Oliveira.

Nelson Nahon frisou que as visitas técnicas constataram que a saúde pública da região deixava os pacientes desassistidos.

"A Justiça inclusive determinou o restabelecimento dos serviços de saúde do Hospital da Mulher, em Cabo Frio, que estava fechado por falta de medicamentos, estrutura e atrasos nos pagamentos dos funcionários, através de uma ação, ajuizada pelo Ministério Público, que foi baseada em fiscalizações do CREMERJ", disse o presidente do Conselho, Nelson Nahon.

Segundo o secretário de Saúde de Cabo Frio, uma UPA e os hospitais Jardim Esperança e da Mulher foram reabertos. Foram alugadas oito ambulâncias em caráter emergencial, uma com UTI e sete básicas.

"Havia um déficit de 18 médicos, mas conseguimos 12 e vão chegar mais nove. Também queremos requalificar a UPA do Parque Bule", salientou.

Já em Saquarema, de acordo com o secretário municipal de Saúde, a policlínica, que estava sem médicos, agora conta com 48 profissionais.

"Também conseguimos mais três clínicos para o Hospital Nossa Senhora de Nazaré, além de cirurgião, anestesista, ortopedista e neurocirurgião", contou.

A coordenadora das Promotorias de Defesa da Saúde do MPE, Denise Vidal, ressaltou que é fundamental o comprometimento e o esforço de todos para que os serviços sejam melhorados.

"O Ministério Público hoje está priorizando o diálogo, sendo a via judicial uma última alternativa. Por isso é importante que as secretarias registrem todas as dificuldades e mantenham essa linha aberta conosco", destacou.

O diretor Gil Simões, coordenador da Comissão de Fiscalização do CREMERJ, explicou os objetivos das vistorias do Conselho e afirmou que a entidade pode ser acionada quando for preciso.

"Nossa luta é em defesa da saúde pública e estamos à disposição para auxiliar no que for preciso. Sabemos que a reestruturação dessas unidades faz parte de um processo. E vemos que uma questão que prejudica esse cenário é a falta de integração entre os municípios. É importante promover essa integração", frisou.

Já o coordenador da seccional do CRM, José Antônio da Silva, defendeu a existência de um consórcio entre os municípios para gerenciar os recursos interfederativos, o que motivaria uma maior integração entre os sistemas de saúde na Região dos Lagos.

"Acreditamos que o consórcio seja a melhor solução, ainda mais diante da crise qua o Estado atravessa, mas é imprescindível que ele tenha autonomia e seja gerido com independência", assinalou.

Também estiveram presentes à reunião o diretor da policlínica de Saquarema, Maurício Himelfarb, e o médico do Hemolagos Marcelo Paiva.