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População corre risco de desassistência em Teresópolis

24/01/2017


Impasses durante a renovação do contrato entre a prefeitura de Teresópolis e a Fundação Educacional Serra dos Órgãos (Feso), mantenedora do Hospital das Clínicas Constantino Ottaviano (HCTCO), poderão levar à suspensão dos atendimentos aos pacientes do SUS na unidade. A população da região, que já sofre com os problemas na precária rede de saúde, ficará ainda mais desassistida.

Ao longo das negociações, a Feso exigiu, além da correção dos valores para 2017 e aumento do aporte de verbas, o pagamento das dívidas atrasadas de 2015 e de 2016, o que não ocorreu. De acordo com a Fundação, só em 2015 a dívida estaria em cerca de 14 milhões.

A prefeitura, por sua vez, afirma que a mantenedora estaria sendo intransigente com relação às negociações, e, após a suspensão dos atendimentos, entrou com ação contra a Feso, que argumenta, em sua defesa, que "não há intenção da Feso em se descredenciar do SUS, mas tampouco, por conta das dívidas acumuladas pelos serviços prestados ao SUS e por propostas que comprometem a viabilidade institucional, colocar em risco sua própria existência".

Para o CREMERJ, quem está sendo prejudicado com as dificuldades nas negociações são os estudantes de medicina, que perdem uma importante unidade para a prática clínica, e a população, diretamente afetada pela carência de serviços no município.

"O Rio de Janeiro vive um momento muito ruim economicamente. Mas os municípios precisam honrar os seus compromissos, tanto financeiros como  em relação aos direitos da população. A saúde é uma prioridade e deve ser tratada como tal", frisou o  vice-presidente do CREMERJ Nelson Nahon.

O Conselho está estudando entrar com uma representação no Ministério Público para garantir os atendimentos no HCTCO.