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Cirurgia cardíaca pediátrica é tema de nova reunião

22/12/2016

O Comitê de Monitoramento dos Serviços de Cirurgia Cardíaca Pediátrica do CREMERJ e representantes da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj) se reuniram nessa quinta-feira, 15, para debater a situação do serviço no Estado. O objetivo do encontro foi elaborar estratégias necessárias à garantia e manutenção dos serviços, que passam por uma grave crise. 
 
O coordenador do comitê, conselheiro Serafim Borges, iniciou a reunião falando sobre as duas reuniões realizadas com representantes de hospitais que tem o serviço de cirurgia cardíaca pediátrica no Rio de Janeiro. Os encontros resultaram em um mapeamento sobre as deficiências e problemas do setor para ser entregue ao Ministério Público e à Defensoria Pública.
 
Devido à falta de financiamento municipal, estadual e federal, as unidades relataram que reduziram drasticamente o número de cirurgias. Além da carência de verbas para a compra de materiais e insumos, os integrantes das unidades informaram o déficit de recursos humanos, as falhas do sistema de regulação de pacientes, a falta de leitos de UTI e os entraves ocasionados pela judicialização.
 
A presidente do Comitê de Cardiopediatria da Soperj, Talita Nolasco Loureiro, expôs os casos que presenciou e que confirmam a má situação do serviço em todo o Estado. O conselheiro Gil Simões enfatizou que o ideal é complementar o levantamento feito pelas unidades com dados que reafirmem a situação relatada.
 
O conselheiro Aloísio Tibiriçá acrescentou que é importante levantar o debate sobre a criação de uma regulação que foque na hierarquização e na priorização dos casos necessários de cirurgia pediátrica e onde realizá-los. As entidades firmaram acordo para a realização do documento.
 
“A situação da cirurgia cardíaca pediátrica no Rio é lamentável. Muitas vidas poderiam ser salvas e outras poupadas de sequelas se os serviços pudessem funcionar de forma plena. Vamos finalizar este documento e entregar ao Ministério Público, à Defensoria Pública e ao Conselho Federal de Medicina e trabalhar para que o serviço funcione totalmente”, disse Serafim Borges.
 
Também participaram da reunião o vice-presidente do CREMERJ, Nelson Nahon e a também integrante do Comitê de Cardiopediatria da Soperj Marcia Fernanda Da Costa Carvalho.