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Médicos do Hospital Estadual Roberto Chabo estão sem salários

22/12/2016

Médicos do Hospital Estadual Roberto Chabo (HERC) estiveram nessa quarta-feira, 21, no CREMERJ para denunciar problemas na unidade. Com salários atrasados há mais de 80 dias, o grupo informou a saída da Organização Social (OS) que administra a unidade nesta quinta-feira, 22, para a entrada de uma nova empresa. Segundo eles, os funcionários não foram informados da mudança.

De acordo com os médicos, uma nova licitação acontecerá no próximo dia 28. Enquanto isso, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) fará a administração da unidade. Além do HERC, a nova empresa deve assumir a direção do Hospital HC Lagos no dia 30. O valor dos repasses para as duas unidades, segundo eles, será bem inferior ao que é pago atualmente.

“São 70 médicos com salários atrasados e não sabemos o que vai acontecer e quando vamos receber. Estamos aflitos, pois não fomos informados se seremos absorvidos pela nova administradora”, disse um dos médicos, informando que a situação já foi comunicada ao Ministério Público.

Além do atraso nos pagamentos, eles denunciaram que faltam medicamentos e equipamentos, como os de tomografia e hemodiálise, que estão inoperantes devido à falta de manutenção. Prestadores de serviços, tais como limpeza, segurança e alimentação, além de fornecedores e demais colaboradores, também estão sem receber.

No dia 30 de novembro, representantes do Instituto Sócrates Guanaes – OS responsável pela gestão da unidade – estiveram no CREMERJ e anunciaram que deixariam a administração. O motivo apontado pelos gestores foi o atraso nos repasses do governo do Estado nos últimos meses, o que vem impossibilitando a manutenção da unidade. 

Os diretores Gil Simões e Erika Reis reforçaram a necessidade de uma resolução rápida para a questão, devido aos problemas na saúde pública enfrentados pelos municípios da Região dos Lagos.

“O que está acontecendo em Araruama é inaceitável. O HERC é referência nos atendimentos de alta e média complexidade na Região dos Lagos e não pode funcionar de forma precária. Além disso, os médicos precisam ser posicionados sobre seus pagamentos”, declarou Gil Simões. 

Crise no Estado: O Estado do Rio de Janeiro, que já vem enfretando grave crise financeira, não tem recebido do Ministério da Saúde os repasses do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PAMQ). Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, os repasses não são feitos há dois meses.  

Foto de divulgação do Governo do Estado do Rio de Janeiro