Crise na saúde pública de Angra dos Reis se agrava
06/04/2016
Depois do fechamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Angra dos Reis, em março, agora é o Hospital Geral de Japuíba (HGJ) que ameaça ter o atendimento ainda mais prejudicado. Sobrecarregado de pacientes e com déficit de profissionais, a unidade ainda passa por dificuldades, situação que pode piorar após anúncio pela prefeitura do corte de cerca de 40% do valor total dos salários dos médicos.
A situação precária foi discutida na última sexta-feira, 1º, em assembleia entre o CREMERJ e a Associação Médica de Angra dos Reis. De acordo com a direção, o atendimento na urgência e emergência triplicou com o fechamento da UPA. Outro problema é a suspensão de serviços essenciais, como a cirurgia vascular. Os pacientes estão internados de forma improvisada e dividindo espaços reduzidos, com uma estrutura precária de atendimento. Dos 13 leitos de CTI que a unidade tem, apenas nove estão em funcionamento.
“O CREMERJ alerta que a situação, que já é crítica, vai piorar ainda mais. O hospital não tem condições de absorver o aumento de atendimentos de urgência e emergência em razão do fechamento da UPA. Esse corte no salário dos médicos vai causar mais problemas”, enfatizou o vice-presidente do CREMERJ, Nelson Nahon.
O anúncio do corte acentuado dos salários dos médicos, feito pela prefeitura no dia 31 de março, levou ao aumento do problema. Diante do caótico cenário, os médicos se reunirão em assembleia, na próxima quinta-feira, 7, no auditório do HGJ, para debater a situação do hospital e a possibilidade de paralisação dos serviços.
Também participaram da assembleia a diretora do CREMERJ Marília de Abreu; os diretores da seccional de Angra dos Reis Yone de Oliveira Di Sarli e Celso Kreimer; e o presidente da Associação Médica de Angra dos Reis, Ywalter Gusmão e o diretor do HGJ Luiz César Conssenza.