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Volta Redonda: médicos do HSJB decidem paralisar atividades

19/02/2016


Reunidos em Assembleia nessa quarta-feira, 17, cerca de 70 médicos da rede municipal de saúde de Volta Redonda decidiram por unanimidade que o Hospital Municipal São João Batista (HSJB) paralisará suas atividades durante três dias, de 23 a 25 próximos, em consequência de o prefeito se manter irredutível na decisão de reduzir em até 30% os salários dos médicos, variando conforme o setor das unidades de saúde.

Na assembleia coordenada pelo vice-presidente do CREMERJ, Nelson Nahon; pelo coordenador da seccional local do CRM, Julio Cesar Meyer e pelo conselheiro Olavo Marassi e pelo assessor Jurídico do Conselho, Marconde Alencar de Lima, foi deliberado que na próxima quinta-feira (25), às 19h, haverá nova assembleia dos médicos do município para avaliação do movimento. 

Na assembleia anterior, realizada em 27 de janeiro, foi constatado que a maioria dos médicos da unidade são contratados através de RPA (Recibo de Pagamento Autônomo) – vínculo considerado irregular e  que não concede  direitos trabalhistas como férias, 13º salário, fundo de garantia e carteira assinada. Além de estarem há três anos sem reajuste salarial. 

Nos informes, Julio Cesar Meyer relatou que no encontro com o prefeito, o chefe do executivo municipal garantiu que não houve nem haverá demissões. O prefeito informou, no entanto, que mantém sua decisão de cortar em até 30% os salários dos médicos e que todos aqueles que têm ganhos superiores a R$ 2.500,00 estão tendo seus vencimentos reduzidos em 5%.

Já Nelson Nahon criticou a opção encontrada pela prefeitura para enfrentar a falta de recursos.“Diferentemente de todos os outros lugares que atravessam crises financeiras graves, a fórmula da prefeitura de Volta Redonda repete a opção já vista outras vezes no passado de penalizar os recursos humanos. Acredito que ele fez uma opção política e eleitoral. Se tivesse fechado leitos e reduzido as cirurgias eletivas, por exemplo, ele ficaria mal visto pela população e seria culpado pela crise na saúde pública. Pela fórmula escolhida ele mantém todos os serviços e lança a culpa sobre os funcionários”, afirmou.
Na ocasião, foi entregue um abaixo-assinado no qual 47 médicos do Hospital Municipal Munir Rafful, mais conhecido como Hospital do Retiro, se solidarizam com os colegas do HSJB, considerado o maior hospital da região sul fluminense e referência em grandes emergências. Os colegas do Hospital Retiro também repudiaram a redução dos salários.

Ainda durante a assembleia houve a formação da Comissão de Paralisação, com representantes das especialidades e a missão de criar comissões nas unidades de saúde e mobilizá-las, além de atender a mídia. 

A assembleia ocorreu no auditório do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFoa), onde também será realizada a próxima reunião.