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Fórum discute diagnóstico e tratamento de diabetes no idoso

11/11/2015

O XIII Fórum da Câmara Técnica  de Geriatria do CREMERJ teve como tema as “Novidades no diagnóstico e tratamento de diabetes no idoso”. O encontro realizado nesse sábado, 7, no auditório Charles Damian, abriu espaço em sua programação para a interatividade da plateia, por meio de perguntas e respostas. Na abertura, a diretora do Conselho Marília de Abreu, responsável pelos cursos de educação continuada do Conselho, ressaltou a importância do tema focalizado no fórum, tendo em vista o aumento da longevidade da população e o crescimento dos casos de diabetes entre idosos.
 
“É importante nos mantermos atualizados para melhor diagnosticar, tratar e acompanhar esses pacientes”, afirmou.
 
Na abertura, o coordenador da câmara técnica, Salo Buksman, explicou o motivo da escolha dessa doença como tema central do evento, uma vez que o problema não é estritamente gerontológico. “O universo do diabetes interessa muito aos geriatras. É uma doença que está relacionada não somente a eventos cardiovasculares e cerebrovasculares como também a doenças degenerativas, como Alzheimer. Sabemos que, devido ao grande número de drogas que têm surgido, alguns colegas podem encontrar dificuldades nesse processo, mas este fórum está atualizadíssimo e vai poder ajudar a tirar as dúvidas”, explicou.
 
O professor da disciplina de clínica médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestre em Nutrologia pela mesma instituição, Ricardo Oliveira, proferiu duas palestras: “Breve revisão sobre diagnóstico – foco no papel da HbA1c” e “O que o geriatra precisa saber sobre as novas insulinas?”. Na ocasião, foi destacado que todo geriatra deve saber diagnosticar o diabetes, que acomete cerca de 11% a 12% da população brasileira, sendo que boa parte dos pacientes é geriátrico. Ao falar sobre as novas insulinas, o palestrante enfatizou que a antiga insulina, embora descoberta há cerca de 90 anos, permanece sendo muito importante no tratamento da doença.
 
O diretor científico da regional Rio de Janeiro da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e mestre em Nutrologia pela UFRJ, Roberto Luiz Zagury, ministrou a palestra “O que o geriatra precisa saber sobre os novos fármacos antidiabéticos?”. Ele discorreu sobre as particularidades das três famílias de medicamentos recentemente lançados no mercado brasileiro, destinados aos pacientes que têm diabetes do tipo 2: os inibidores de iSGLT-2, os de iDPP-4 e os agonistas de GLP-1.
 
O palestrante chamou a atenção para a importância de saber utilizá-los e que eles não causam hipoglicemia, que, segundo Zagury, está entre os causadores de tombos nos idosos. "Isso é fundamental para a população geriátrica, já que quedas causam fraturas. Dois desses medicamentos são de uso via oral, o que proporciona comodidade e facilidade de utilização. Já a outra família, a dos agonistas de GLP-1, são de uso via subcutânea, o que dificulta um pouco, mas não deve ser eliminado do rol de opções, em razão dos benefícios que podem trazer. No próximo ano, alguns medicamentos desse grupo poderão ser utilizados apenas uma vez por semana, o que abre um horizonte muito interessante”, explicou.