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CREMERJ alerta para o desabastecimento da penicilina benzatina

21/08/2015

O CREMERJ tem acompanhado a falta, tanto no setor público quanto no privado, da penicilina benzatina, conhecida pelo nome comercial Benzetacil, um antibiótico usado para tratar doenças, como sífilis, febre reumática e outras infecções. 
 
Em resposta à Sociedade Brasileira de Infectologia, o Ministério da Saúde enviou, em maio deste ano, um ofício que esclarece o desabastecimento de penicilina no país e alega que o problema se deve à escassez mundial dos insumos para a produção do medicamento. 
 
Segundo o texto, a empresa Eurofarma, a Fundação para o Remédio Popular (Furp) e o Laboratório Teuto Brasileiro S/A, que possuem registro para comercializar o medicamento, enfrentam dificuldade de ordem regulatório-sanitária que dificultam a plena atividade produtiva. 
 
O caso envolve problemas como a dependência do fornecimento internacional de matéria-prima para o medicamento e a renovação dos registros dessas empresas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Dessa forma, a importação e a regularização do fornecimento de matéria-prima causam impacto no abastecimento. Apesar de declaração do Ministério da Saúde de que a Anvisa trataria o assunto como prioridade, o problema persiste. 
 
A preocupação do CREMERJ com a crise do abastecimento se deve à importância do medicamento e sua ampla utilização e prescrição. Os remédios que substituem a penicilina podem, por conta dessa crise, atingir um custo bem mais alto e não possuem a mesma eficácia, sobretudo no tratamento da sífilis congênita. 
 
Além disso, o tratamento das doenças com os remédios substitutos demanda um tempo de medicação mais extenso. “Como no caso da sífilis, com a injeção de benzetacil, em até três doses o paciente está curado. Já com o remédio substituto, os comprimidos devem ser tomados de 12 a 21 dias. Isso pode prejudicar a eficácia do tratamento porque, geralmente, o paciente não adere corretamente ao tempo de medicação”, afirma a diretora e responsável pela Câmara Técnica de Infectologia do CREMERJ, Marília de Abreu.