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Pré-Fórum de Ensino Médico da Região Sudeste acontece no RJ

14/08/2015

O CREMERJ sediou o Pré-Fórum da Comissão de Ensino Médico da Região Sudeste – evento que antecede o VI Fórum Nacional de Ensino Médico do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem) nos dias 27 e 28 de agosto, em Brasília –, ocorrido nessa segunda-feira, 11, no auditório Júlio Sanderson. Representantes dos Conselhos Regionais do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de médicos, residentes e acadêmicos de medicina, participaram do fórum.

A mesa de abertura contou com a presença do presidente do CREMERJ, Pablo Vazquez; do diretor do CFM Sidnei Ferreira – que também é conselheiro do CREMERJ –; do vice-presidente da Abem, Francisco Barbosa Neto; da coordenadora da Comissão de Ensino Médico do CREMERJ, a conselheira Vera Fonseca; do diretor do Departamento de Gestão Hospitalar no Rio de Janeiro (DGH) do Ministério da Saúde no RJ, José Carlos de Moraes; do secretário estadual de Saúde, Felipe Peixoto; e do assessor da Secretaria Municipal de Saúde André Lopes.

Na ocasião, Pablo Vazquez enfatizou a proposta do Pré-Fórum de debater as alterações impostas no currículo e na residência médica pela Lei 12.871/2013, que estabelece o Programa Mais Médicos. “No entendimento do Conselho, a atenção à saúde primária, tanto curricular quanto na residência, tem a sua importância e pode trazer melhorias para o nosso sistema de saúde e cabe ao Estado fazer essas alterações. O que nos preocupa é que não estamos vendo a movimentação do governo para que se viabilize aquilo que está na lei”, afirmou.

Na primeira parte, o tema central foi “Avaliação do ensino médico e repercussões na graduação”, que deu enfoque às novas diretrizes curriculares. O conselheiro de Minas Gerais Itagiba de Castro Filho, que ministrou a palestra, destacou que a lei ainda gera muitas dúvidas, dentre elas, quando realmente os cursos de medicina deverão implementar as novas diretrizes no currículo.

Intitulada “Como estão se adequando as escolas médicas”, a segunda mesa tratou da viabilidade das avaliações sucessivas, com a diretora da Abem-RJ/ES Filomena de Alencar – que focou em testes ao longo da graduação; do exame de egressos, com o presidente do Cremesp, Bráulio Lima – que defendeu a realização deste exame ao final do curso, como já vem sendo praticado no estado paulista; dos contratos organizativos da ação pública ensino-saúde, com Francisco Barbosa Neto; e da acreditação das escolas médicas, com o representante do CFM Milton de Arruda.

“O Sistema de Acreditação das Escolas Médicas (Saeme), que é organizado pelo CFM e pela Abem, funcionará no primeiro ano de forma piloto com escolas voluntárias. O projeto prevê que nos próximos três anos o sistema esteja totalmente implementado”, informou Arruda.

Já a última mesa, chamada “Repercussões na Residência Médica”, enfatizou como será o ano de 2018 no que diz respeito às avaliações, às vagas e à preceptoria, além da valorização dos preceptores – palestras proferidas, respectivamente, pela coordenadora da Comissão de Residência Médica do Estado do Rio de Janeiro (Ceremerj), Susana Wuillaume; e pelo diretor do CREMERJ Gil Simões. No debate, o presidente da Associação dos Médicos Residentes do Estado do Rio de Janeiro (Amererj), Diego Puccini, salientou a importância de valorizar o preceptor. “A gente sabe que o conhecimento muda 70% a cada 10 anos, manter-se atualizado e ensinar as pessoas tem uma grande carga de dificuldade. Por isso, buscamos formas de valorizar a preceptoria dentro da residência”, afirmou.

No término do evento, Pablo Vazquez e Vera Fonseca apresentaram um resumo das propostas para a elaboração de um relatório final – a ser encaminhado para debate durante o fórum nacional, em Brasília. No documento, destacaram-se: a unificação das avaliações na medicina para o Teste de Progresso; como será o ano de 2018 – que é o prazo para a implantação da residência em medicina da família para todos os formandos – e se poderá haver prorrogação deste prazo; se terá um ou dois anos de saúde da família na residência; se em algum momento ficará sem R1 e R2; a necessidade de um maior financiamento na área do ensino médico; a valorização da preceptoria; e a ampliação do debate sobre a especialidade ou a saúde da família na residência.