Fórum de Emergência do CREMERJ reúne cerca de 600 pessoas
01/06/2015
Cerca de 600 médicos e acadêmicos de medicina a partir do 9º período participaram do “Fórum de Emergência CREMERJ – Sala de Emergência”, nesse sábado, 30, das 7h às 18h. O evento, realizado há 13 anos pela Câmara Técnica de Urgência e Emergência e pelo Grupo de Trabalho sobre Emergência do CREMERJ, contou com a parceria do Grupamento de Socorro de Emergência do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Rio de Janeiro (Cbmerj) e ocupou dois andares do Windsor Guanabara Hotel.
Em seu discurso de boas vindas, o presidente do CREMERJ, Pablo Vazquez, destacou a importância e a tradição do encontro promovido pelo Conselho.
“Desejamos que este evento, que já tem mais de uma década, sirva para fortalecer a troca de experiências na emergência, para que cada vez mais vidas sejam salvas. Queremos também aproveitar a oportunidade para destacar a importância do Grupo de Trabalho de Emergência do CREMERJ, criado há mais de 16 anos. Ele é formado por chefes dos setores de emergência de todo o estado e exerce papel de fundamental importância para o Conselho”, disse.
A coordenadora da Câmara Técnica de Urgência e Emergência do CREMERJ, a conselheira Erika Reis, salientou em sua fala de abertura que a organização do encontro sempre teve a preocupação de convidar os melhores especialistas do Rio de Janeiro para atualizar e reciclar os emergencistas.
“Temos muito a agradecer aos palestrantes que se prontificaram a vir aqui voluntariamente para transmitir seus conhecimentos e fazer com que este curso aconteça. São colegas que trabalham na ponta, que lidam com nossas dificuldades na emergência e têm sempre uma informação nova e um jeitinho para driblar nossas carências e dificuldades”, afirmou.
Erika Reis mencionou que o evento ganha mais importância na medida em que a especialidade de emergencista ainda não tem o reconhecimento do Conselho Federal de Medicina (CFM), o que foi feito até agora apenas pela Associação Médica Brasileira (AMB).
“O emergencista necessita de boa formação e qualificação. Enquanto não há o reconhecimento da especialidade, o CREMERJ trouxe para si a responsabilidade de realizar eventos sobre o assunto, além de possuir um já tradicional grupo de trabalho que mantém a emergência como foco permanente de discussão”, disse.
O fórum foi estruturado em quatro módulos teóricos (“Atendimento ao politraumatizado”, “Tomadas de decisões nas síndromes coronárias isquêmicas agudas” e “Abdome agudo" e "Insuficiência respiratória aguda”), além de três oficinas voltadas a aulas práticas, coordenadas por equipes do Corpo de Bombeiros, com a utilização de vários equipamentos utilizados pela corporação nos primeiros socorros a vítimas de emergências.
Outro destaque da programação foi a reunião com 25 chefes de equipes de emergência de hospitais públicos e reguladores municipais e estaduais para uma ampla discussão sobre o sistema de regulação e melhorias no atendimento emergencial do Rio de Janeiro. Neste encontro, o conselheiro do CREMERJ Aloísio Tibiriçá Miranda – que também coordena a Câmara Técnica de Urgência e Emergência do Conselho – dividiu a mesa de debates com André Vaz, coordenador de Urgência e Emergência do Complexo Regulador do Município; Marcelo Pacheco, da Gerência Médica do Corpo de Bombeiros do Centro de Operações GSE SAMU; e Diego Vieira Mendes, da Coordenação Médica da Central Estadual de Regulação. Em sua participação, Aloísio Tibiriçá ressaltou que o CREMERJ tem investido na formação médica.
“Esse fórum é o reflexo da nossa tentativa de propiciar uma discussão técnica saudável que nos leve ao aperfeiçoamento das emergências. Com a regulação já tivemos um avanço, agora temos que melhorar a gestão”, acrescentou.
O fórum contou ainda com a presença dos conselheiros Gil Simões, Sidnei Ferreira – que também é diretor do Conselho Federal de Medicina –, Vera Fonseca, Serafim Borges, Sérgio Fernandes e Gilberto dos Passos.