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AIHs: CREMERJ discute estratégias para suspender punições

09/02/2015

Médicos dos hospitais municipais Salgado Filho e Lourenço Jorge se reuniram com o CREMERJ nessa terça-feira, 3, com o objetivo de discutir estratégias para suspender as punições administrativas disciplinares pelo não preenchimento das Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs). 
 
Indignados, os colegas relataram que estão sendo convocados para depor no inquérito instalado pela Secretaria Municipal de Administração. As retaliações são referentes ao movimento deflagrado pela categoria em 2011 por salários dignos e condições de trabalho, que contou com o apoio do CREMERJ e do Sinmed-RJ.
 
O CREMERJ convidou para o encontro, realizado durante a reunião da Comissão de Saúde do Conselho, o vereador Carlos Eduardo. A ideia é sensibilizar parlamentares para que intercedam junto aos gestores do Executivo. Na ocasião, Carlos Eduardo ligou para o s ecretário municipal de Administração, Marcelo Queiroz, que se comprometeu a receber, nos próximos dias, uma comissão formada por representantes do CREMERJ e do Salgado Filho.
 
Para o presidente do CREMERJ, Sidnei Ferreira, a ação dos gestores é abusiva e visa coagir os colegas do município a não participarem dos movimentos da categoria.
 
"Isso é assédio moral e um desrespeito ao direito de organização da categoria por melhores condições salariais e de trabalho. E o Conselho vai lutar para reverter essas punições. Com esse tipo de ação arbitrária, os gestores estão desconsiderando o legítimo direito reivindicatório dos médicos municipais, numa tentativa de desestabilizar o movimento da categoria", disse Sidnei Ferreira.
 
O presidente do CREMERJ observou ainda que, para tratar do assunto, o Conselho já se reuniu duas vezes com o secretário de Saúde, Daniel Soranz. Nos dois encontros, segundo Sidnei Ferreira, ele garantiu que iria conversar com o prefeito Eduardo Paes sobre o assunto.
 
"O secretário se comprometeu em intermediar, mas, até o momento, não obtivemos qualquer retorno", completou.

O coordenador da Comissão de Saúde Pública do CREMERJ, Pablo Vazquez, ressaltou que com esse tipo de atitude a prefeitura acaba fazendo com que colegas, descontentes com a situação, peçam demissão ou se aposentem, abrindo brechas para as OSs.
 
"As punições se tratam claramente de uma atitude de retaliação, cujo objetivo é estancar o surgimento de outros movimentos. E nós precisamos impedir essas punições o mais rápido possível", afirmou Pablo Vazquez.

Por sua vez, o vereador Carlos Eduardo afirmou considerar muito estranho que depois de tanto tempoessa questão tenha retornado.
 
"Afinal, o movimento foi legítimo e contou com o apoio do Sinmed-RJ e do CREMERJ", disse ele.
 
O encontro contou também com a participação dos conselheiros Nelson Nahon, Marília de Abreu, Serafim Borges, Gil Simões e Aloísio Tibiriçá.