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Mário Kröeff: irregularidades na oncologia preocupam o CREMERJ

03/02/2015

Em fiscalização nessa terça-feira, 27, o CREMERJ constatou que é crítica a situação da oncologia clínica do Hospital Mário Kröeff. Referência no tratamento do câncer, a unidade vem passando por problemas graves, como a falta de recursos humanos e a dificuldade para a realização de exames.

Em fevereiro de 2014, a situação do hospital se complicou com a rescisão do contrato da equipe de oncologia clínica, o que gerou sobrecarga de trabalho para os médicos que continuaram na unidade. Desde então, não houve adequação do corpo clínico e muitos pacientes agendados para o ambulatório, alguns com indicação de quimioterapia, tiveram seus tratamentos adiados.

Além disso, residentes deram continuidade ao atendimento e visita na enfermaria de pacientes oncológicos sem que houvesse discussão dos casos pela ausência de supervisão e de preceptoria. Também preocupa a demora de até 60 dias para a realização de exames complementares, que são indispensáveis para a definição do melhor tratamento para o paciente.

“Além de todos os transtornos que os pacientes estão passando nesse hospital, o que é extremamente grave, chamo a atenção para a situação da residência médica, cujo ensino vem sendo prejudicado pela falta de supervisão”, destacou o coordenador da Comissão de Fiscalização do CREMERJ, Gil Simões.

Outra questão verificada foi o número reduzido de cirurgias, devido à dificuldades para a realização dos procedimentos necessários. A fiscalização também constatou que o funcionamento da UTI vem sendo inadequado, pois não há plantonista exclusivo para o setor.

"Há várias questões graves nessa unidade. Todo paciente merece um atendimento digno. O que acontece aqui torna essa situação ainda pior, pois estamos falando de pacientes oncológicos. Não se pode adiar quimioterapias nem dificultar a realização de exames. Esses absurdos colocam em risco a vida dessas pessoas. Medidas urgentes precisam ser tomadas nesse hospital para evitar mortes", afirmou o presidente do CREMERJ, Sidnei Ferreira.

O CREMERJ enviará o relatório da fiscalização para o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro para a responsabilização e adoção de medidas cabíveis.