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CREMERJ cobra ação da SES para a crise no Iecac

11/12/2014

O CREMERJ se reuniu com o secretário estadual de Saúde, Marcos Musafir, nessa terça-feira, 9, para discutir a crise no Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac). A unidade, que é referência em sua área e é gerenciada pela Fundação Saúde, vem sofrendo há meses de falta de insumos, medicamentos e recursos humanos, além de materiais específicos para cirurgias cardíacas e vasculares.

A intervenção do CREMERJ aconteceu a pedido do corpo clínico do instituto, cuja comissão de ética enviou carta ao Conselho denunciando que não existe material sequer para fazer cateterismo. Foi ainda relatado que a unidade funciona com constante falta de diuréticos, anti-hipertensivos, antibióticos específicos e drogas para uso de terapia intensiva vitais para os pacientes. Além disso, os médicos estatutários sofrem assédio moral por parte da área de recursos humanos da Fundação Saúde. 

Em novembro, o CREMERJ já havia se reunido com o corpo clínico e com a comissão de ética para discutir soluções para os problemas enfrentados pela unidade.  

Durante a reunião com o secretário de Saúde, solicitada pelo Conselho, o vice-presidente, Nelson Nahon, e os diretores Pablo Vazquez, Erika Reis e Gil Simões entregaram dois documentos encaminhados pelo corpo clínico do Iecac, contendo as reivindicações dos colegas. 

Na ocasião, o CREMERJ relatou que esteve, em 26 de novembro, na Fundação Saúde com o corpo clínico do Iecac para tratar da situação do instituto, porém a reunião, marcada pela própria Fundação, não ocorreu. 

Musafir disse que irá se reunir brevemente com a Fundação Saúde para discutir e avaliar as demandas do Instituto.  Ficou acertado que posteriormente haverá reunião entre todas as partes, ou seja, o Iecac, a Fundação, a Secretaria e o CREMERJ.

“Queremos que essa reunião aconteça ainda este ano, até 19 de dezembro, no próprio Instituto de Estadual de Cardiologia”,  afirmaram o vice-presidente Nelson Nahon e a conselheira Erika Reis.

A falta de material para a realização de cateterismos cardíacos foi um dos temas mais discutidos no encontro. O problema se arrasta desde fevereiro. A subsecretária de Atenção à Saúde da SES, Mônica Almeida, informou que a unidade tem realizado de dois a três procedimentos diários de colocação de stents.

Para Nelson Nahon, a afirmação da subsecretária só confirmou as denúncias dos colegas quanto à falta de materiais específicos para cirurgias. 

“Foi oficialmente confirmado que o Iecac possui aparelhagem, recursos humanos e stents. Falta somente o cateter. Uma unidade que tem capacidade para fazer de 200 a 250 procedimentos está realizando de 30 a 40 por mês”, comentou.  

A ineficiência do laboratório da unidade, que deixou de realizar diversos exames complementares importantes, também foi abordada no encontro. A justificativa para o problema foi de que a empresa ganhadora da licitação do laboratório não possuiria capacidade para suprir o Estado. Uma nova licitação estaria em andamento.

A carência de recursos humanos para preencher as vagas dos médicos vinculados a Fundação Saúde que deixaram de trabalhar no local segue sem solução, tendo em vista a falta de previsão para a realização de concurso.

Participaram também da reunião a subsecretária da Superintendência de Unidades Próprias da Secretaria Estadual de Saúde (SUP/SES), Valéria Moll, e a sua assistente, Olívia Machado. 

Clique aqui para ler na íntegra os documentos com as reivindicações do corpo clínico do Iecac.