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Assembleia dá sequência ao movimento dos médicos federais

09/12/2014

Os médicos federais compareceram à assembleia realizada pelo CREMERJ e pelo Sinmed-RJ na sede do Conselho nesta quarta-feira, 3. O encontro deu sequência à agenda do movimento, que reivindica o retorno da gratificação de desempenho. Desde que foi extinta, em 2012, com a MP 568/2012, convertida na Lei 12.702/2012, os médicos federais têm prejuízo mensal de cerca de R$ 1,3 mil em seus contracheques, o que torna seu salário inferior ao dos outros profissionais de nível superior. 
 
Na reunião, o presidente do CREMERJ, Sidnei Ferreira, destacou que médicos e representantes das entidades de classe foram diversas vezes a Brasília este ano para reuniões com a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e seus assessores; com o Ministério da Saúde, com parlamentares e com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves. 

Sidnei Ferreira frisou que, após pequena pausa para as eleições, é preciso que os médicos criem núcleos de organização dentro dos hospitais.
 
"Para isso, estamos fazendo reuniões em todas as unidades. Já fizemos todos os caminhos e vamos retomá-los. Tivemos reunião com o Nerj por conta das fiscalizações nos hospitais federais e levantamos também a questão da gratificação, do reajuste salarial, do concurso público e das condições de trabalho”, declarou.

Segundo o presidente do Sinmed-RJ, Jorge Darze, o objetivo principal da assembleia foi aproveitar o período em que a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2015 ainda não foi votada, o que deve acontecer até o fim deste mês. Os médicos torcem para que o valor do retorno das gratificações seja incluído no próximo ano.
 
"A votação que aconteceu nesta quarta-feira, 3, no Congresso Nacional, do projeto de lei que altera a obrigatoriedade dos percentuais estabelecidos no superávit primário, e que causou intensa movimentação política, acabou, indiretamente, favorecendo o movimento porque fez com que a proposta orçamentária não fosse discutida. Isso nos dá mais tempo pra tentar perseguir esses canais de negociação com o governo", afirmou.   
 
O vice-presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e vice-presidente do Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Sinmed-ES), Otto Baptista, destacou a importância da união entre as entidades para fortalecer o movimento e ressaltou o total apoio do Sinmed-ES aos médicos federais do Rio de Janeiro.
 
"São fundamentais a sintonia e a comunicação entre as entidades, senão o movimento fica quebrado e acaba criando uma expectativa ruim. Exige-se o máximo do médico. Então, que se ofereça o mínimo para que ele viva com dignidade. Estamos falando de R$ 1.300", disse.  

Ao final da reunião, o diretor do CREMERJ Pablo Vazquez pontuou as propostas apresentadas, que foram aprovadas por unanimidade. São elas: envio de e-mail com texto padrão elaborado pelas entidades para os parlamentares; mobilização nos hospitais federais através da agenda de assembleias; lutar pela correção da gratificação e do salário dos aposentados, inclusive por vias judiciais; reuniões com os diretores dos hospitais; e pressão no poder Executivo através de mobilizações. Também agendou-se nova assembleia geral no dia 16 de dezembro, às 19h30, na sede do Sinmed-RJ. 

Também estiveram presentes na reunião os diretores do CREMERJ Erika Reis e Gil Simões; o diretor do Sinmed-RJ Eraldo Bulhões; e o membro da Fenam e do Sinmed-ES Eglif de Negreiros Filho.