Fórum debate controle da tuberculose no Rio de Janeiro
01/08/2014
Colocar a tuberculose na agenda política do país e discutir com os gestores estratégias para o controle da tuberculose no Estado e no município do Rio de Janeiro foram os objetivos do CREMERJ ao promover, no dia 19 de julho, o “Fórum Estadual de Tuberculose”, reunindo representantes das esferas municipal, estadual e federal do governo.
O diretor Secretário Geral do CREMERJ, Pablo Vazquez, representou o presidente do Conselho, Sidnei Ferreira, ao abrir o evento.
Para Alexandre Pinto Cardoso, conselheiro responsável pela Câmara Técnica de Pneumologia e Cirurgia Torácica do CREMERJ, os problemas que mais impactam no alto número de casos da tuberculose são a alta densidade demográfica, as condições inadequadas de moradia e a extrema pobreza.
No Brasil, que registra anualmente 70 mil casos da doença, a tuberculose é um problema permanente. Segundo o conselheiro, são vários os gargalos que contribuem para esse quadro.
“Esse fórum é uma resposta do CREMERJ à situação do atendimento a esta patologia no Estado e na cidade do Rio de Janeiro. Temos os piores índices do país na identificação e no tratamento da tuberculose”, afirmou.
Já a coordenadora da Câmara Técnica da especialidade, Margareth Dalcolmo, ressaltou que a importância do evento deve-se à magnitude com que a tuberculose ainda se apresenta no Estado e no município do Rio de Janeiro. Esse cenário, destacou ela, levou o CREMERJ a não realizar apenas um evento de caráter técnico-científico, mas uma reunião política, na qual os médicos e os profissionais de saúde possam debater os problemas.
No encontro, foram apresentadas as palestras “Estado da arte do controle da tuberculose no Brasil – O Programa Nacional de Controle da Tuberculose e as medidas de controle em vigência. Perspectivas”, por Ana Torrens, chefe da área de Informação Estratégica do Programa Nacional de Controle da Tuberculose; “Situação atual da tuberculose no Estado do Rio de Janeiro e medidas de controle pela SES”, por Alexandre Otavio Chieppe, superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental do Estado do Rio de Janeiro; “Situação da tuberculose e medidas de controle do município do Rio de Janeiro”, por Betina Durovni, subsecretária de Atenção Primária, Vigilância e Promoção da Saúde do município do Rio de Janeiro; “Modelo de referenciamento do controle da tuberculose no Estado de São Paulo – Experiência de sucesso”, por Vera Maria Galesi, coordenadora de Tuberculose da Secretaria Estadual de Saúde do Estado de São Paulo; “Gerenciamento e acesso a medicamentos anti-TB de primeira e segunda linhas”, por Jorge Luiz Rocha, da Fiocruz; e “Estratégias de implementação do método rápido molecular para o diagnóstico da tuberculose. Estudo de campo realizado no Rio de Janeiro e em Manaus. Implementação no Município do Rio de Janeiro”, por Betina Durovni.
O evento contou ainda com a presença dos diretores do CREMERJ Erika Reis e Gil Simões.