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Entidades médicas e comandos de greve avaliam movimento

14/05/2014

O CREMERJ e o Sinmed-RJ se reuniram com membros dos comandos de greve dos hospitais federais do Rio de Janeiro nessa segunda-feira, 12, no auditório do sindicato. Apesar dos obstáculos colocados por direções de hospitais e pelo Ministério da Saúde, o movimento se mantém estável, inclusive com perspectiva de crescimento.

No ocasião, citou-se o exemplo do Hospital dos Servidores, que procurou espontaneamente as entidades médicas pedindo apoio para a criação de uma comissão de greve e de uma reunião com os médicos. Outras unidades hospitalares informaram, no encontro, que realizarão assembleias ao longo da semana.

Estiveram presentes representantes dos hospitais de Bonsucesso e Andaraí e do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) e do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), que deram informes sobre a abrangência do movimento. Todos relataram disposição de luta para alcançar os objetivos do movimento, embora enfrentem dificuldades.

O presidente do CREMERJ, Sidnei Ferreira, fez um balanço dos avanços alcançados devido à greve, como a audiência com o novo ministro da Saúde, Arthur Chioro, no dia 4 de maio, que contou com a sua presença e a dos presidentes do Sinmed-RJ e da Fenam. No primeiro encontro com o ministro, após a deflagração da greve, Chioro prometeu se reunir com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para tratar do assunto e disse que, se necessário, falaria diretamente com a presidente da República, Dilma Rousseff. 

Segundo Sidnei Ferreira, o ministro não informou quando dará uma posição às entidades, porém foi pedido urgência na solução do problema.

A categoria está articulando a realização de uma audiência pública no Congresso Nacional, para influenciar as conversas que serão mantidas internamente no governo pelo ministro da Saúde. Para essa audiência, pretende-se levar médicos do Rio de Janeiro e de outras regiões do país à capital federal, fortalecendo o movimento.

Sidnei Ferreira disse ainda que se reuniu com o presidente da Associação dos Médicos Residentes do Rio de Janeiro (Amererj), Diego Puccini, e que, na ocasião, ele afirmou que tem orientado os residentes a buscarem os comandos de greve nas unidades de saúde e apoiarem o movimento.

As entidades médicas ressaltaram ainda o sucesso do abaixo-assinado eletrônico, criado pelo CREMERJ e Sinmed-RJ após decisão em assembleia, para apoiar o movimento. Segundo eles, em menos de 24 horas, ocorreram mais de 1.300 adesões. Até o momento, cerca de 2.500 pessoas já assinaram o documento. 

“Qualquer cidadão que deseje uma saúde pública mais digna pode participar. Basta informar o nome e o e-mail”, disse Sidnei, que também orientou os colegas a usarem os adesivos sobre a greve que foram confeccionados para serem fixados nos jalecos.

Entre as reivindicações da categoria estão: regularização do pagamento das gratificações, atendimento de qualidade à população, concursos públicos com salários dignos, piso inicial da Fenam (R$ 10.991,19 por 20 horas semanais), implantação do plano de cargos, carreira e vencimentos e condições dignas de trabalho. Os médicos também lutam contra a privatização da saúde pública.

Os médicos federais irão se reunir novamente em assembleia no próximo dia 26, às 20h, na sede do Conselho.

A reunião contou também com as presenças do vice-presidente do CREMERJ, Nelson Nahon, e do diretor Pablo Vazquez.