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Cerca de 300 pessoas protestam contra a Ebserh na Cinelândia

05/06/2013

Cerca de 300 pessoas, entre médicos, estudantes de medicina, servidores e sociedade civil, participaram nesta quarta-feira, 5, na Cinelândia, de mais um ato público em defesa da saúde e da valorização médica. Os manifestantes caminharam até a sede do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, com faixas, em protesto contra a intenção do governo federal de colocar a subsidiária da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), a Saúde Brasil, para gerir os institutos e hospitais federais. 

Em seu pronunciamento, a presidente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo, falou sobre o descaso do Ministério da Saúde em relação à categoria médica, destacando a gratificação dos médicos federais, que ainda não foi reajustada, sendo a menor de todos os profissionais de saúde de nível superior. 

“Esperamos desde o ano passado por uma mesa de negociação para reajustar essa gratificação, conforme nos foi prometido, mas até agora nada! Não vemos nenhuma solução para o caos que está a Saúde. Não é feito concurso público e não há carreira de Estado. Querem privatizar a saúde e a educação e, ainda, expor a população trazendo médicos estrangeiros para o Brasil sem a revalidação do diploma. O CREMERJ não permitirá isso”, declarou Márcia Rosa.

O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sinmed-RJ), Jorge Darze, ressaltou a importância da união dos médicos e de todos os servidores, além da população, para garantir que o Sistema Único de Saúde (SUS) não seja privatizado. Já o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Geraldo Ferreira, apoiou o movimento que vem sendo realizado no Rio de Janeiro. 

“Esse é o estado que possui o maior número de hospitais federais, por isso os protestos feitos aqui são tão importantes nessa luta”, disse Geraldo Ferreira. 

Estudantes de medicina e residentes também compareceram ao ato e demonstraram repúdio contra a terceirização da saúde. A presidente da Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), Beatriz da Costa, criticou a importação dos médicos sem a revalidação do diploma. 

“A população merece um atendimento digno e é por isso que lutamos. Não vamos entregar nossas universidades nas mãos da iniciativa privada. Queremos uma medicina de qualidade. Somos médicos e, muitas vezes, não temos condições para exercer o nosso trabalho eticamente”, complementou. 

Promovida pelo CREMERJ e pelo Sinmed-RJ, a manifestação aconteceu após a realização de várias assembleias nas unidades federais. Segundo Márcia Rosa, esse movimento não vai parar. 

“A categoria está unida. O médico e a saúde valem muito, e a população vale ainda mais! Não vamos permitir que fechem serviços nessa cidade. Temos vitórias como a reativação do setor de transplantes no Hospital de Bonsucesso, mas ainda temos muito para conquistar. Continuaremos a nossa luta”, concluiu a presidente do CREMERJ.

Também compareceram à manifestação os conselheiros Sidnei Ferreira, Sergio Albieri, Luís Fernando Moraes, Pablo Vazquez, Erika Reis, Nelson Nahon e Armindo Fernando da Costa; a deputada estadual Janira Rocha; o vereador Paulo Pinheiro; e representantes de várias entidades médicas, sociais e de saúde.