Aviso de Privacidade Esse site usa cookies para melhorar sua experiência de navegação. A ferramenta Google Analytics é utilizada para coletar informações estatísticas sobre visitantes, e pode compartilhar estas informações com terceiros. Ao continuar a utilizar nosso website, você concorda com nossa política de uso e privacidade. Estou de Acordo

Médicos repudiam linchamento da categoria

31/01/2013

Nota publicada no jornal O Globo, na coluna de Ancelo Gois, em 17 de janeiro.


MÉDICOS REPUDIAM LINCHAMENTO DA CATEGORIA

O prefeito Eduardo Paes e o secretário de saúde do município do Rio de Janeiro, Hans Dohmann, vêm na imprensa, há quase um mês, perpetrando campanha de desmoralização da categoria médica, baseando-se em um fato isolado, que já está sendo devidamente apurado.

Assumindo a própria incompetência na gestão, o prefeito e o secretário reconhecem que são necessários mais de 2 mil médicos para completar seus quadros. O prefeito tenta isentar-se da responsabilidade sobre o caos constatado jogando a culpa nos médicos, os quais chegou a tratar como delinquentes.

As contínuas “mortes anunciadas” e o achincalhamento da categoria, jogando areia nos olhos da população indefesa, encobrem as reais intenções do governo municipal ao eleger a desmoralização dos médicos e encobrir a sua verdadeira face, que é privatizar a saúde pública e entregar as unidades a organizações privadas, várias delas questionadas judicialmente.

Com base nas 200 fiscalizações realizadas pelo CREMERJ em 2012, foi constatada a falta de médicos em 74% das instituições públicas. Esse dado foi entregue à Secretaria Municipal de Saúde e às demais autoridades competentes.

O CREMERJ, representante legítimo da categoria médica, não poupará esforços para exigir o cumprimento da Constituição e garantir o acesso dos cidadãos a uma saúde de qualidade,  aspiração prioritária em todas as pesquisas de opinião.

Por isso, o CREMERJ continuará na luta contra os baixos salários oferecidos aos médicos estatutários, contra a discrepância salarial entre estes e os temporários, além da falta de condições de assistência e de investimentos na estrutura da rede pública. O prefeito Eduardo Paes e o secretário Hans Dohmann são os verdadeiros culpados pelo descalabro da saúde na nossa cidade e devem ser responsabilizados e receber a execração da opinião pública.

 Rio de Janeiro, 17 de janeiro de 2013

Márcia Rosa de Araujo
Presidente do CREMERJ