Aviso de Privacidade Esse site usa cookies para melhorar sua experiência de navegação. A ferramenta Google Analytics é utilizada para coletar informações estatísticas sobre visitantes, e pode compartilhar estas informações com terceiros. Ao continuar a utilizar nosso website, você concorda com nossa política de uso e privacidade. Estou de Acordo

HGB: um mês depois da assembleia, problemas continuam

05/12/2012

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ) participou na manhã de quarta-feira, 5, de uma reunião com o corpo clínico e a Comissão de Ética do Hospital Federal de Bonsucesso. O objetivo era fazer um balanço da situação da unidade, um mês depois da assembleia com o Ministério da Saúde em que ficaram definidas ações para melhorar o atendimento e as condições de trabalho no local. O Sindicato dos Médicos também esteve presente ao encontro, além de membros da diretoria do HGB.

Segundo os dados apresentados pela direção, existem 47 pacientes na emergência – quando o recomendado são, no máximo, 25. Mesmo não tendo alcançado o número ideal, entretanto, a redução da superlotação mostrou reflexos no número de óbitos: foram 70 nos últimos 30 dias, sendo 29 na emergência, bem abaixo dos meses anteriores. A unidade também transferiu mais pacientes da emergência para dentro do hospital  (77, em novembro) e para outros hospitais federais (65 no mesmo período). As informações, porém, podem ter incosistências, pois o censo da unidade apresentou falhas.

\"Os hospitais municipais e estaduais não ofereceram nenhuma vaga para os pacientes de Bonsucesso. Precisamos pensar a rede como um todo, contando com a colaboração das três esferas administrativas para que o problema da regulação de leitos se resolva e que o SISREG funcione\", afirmou o médico do HGB e conselheiro do CREMERJ, Armindo Fernando da Costa, que comandou a assembleia.

Empresa não respondeu

Outra exigência feita na reunião do dia 5 de novembro - e confirmada em uma decisão judicial - determina que a direção do HGB solucione o problema de exaustão na emergência que, há quase dois anos, funciona em um contêiner improvisado. Apesar do fim do prazo, a questão ainda não foi resolvida.

Segundo os participantes, foram enviados seis memorandos para a empresa NHJ, que fabrica os contêineres, mas não houve resposta. Por fim, o Ministério da Saúde foi acionado.

Quanto à contratação de recursos humanos para o pronto-socorro, também não houve decisões concretas. Segundo o corpo clínico, há negociação para que sejam enviados à unidade médicos convocados pelo Núcleo do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro (Nerj). Esta semana, oito médicos, oito enfermeiros, 28 técnicos de enfermagem e oito fisioterapeutas temporários chegaram ao HGB para a unidade coronariana.

\"Os médicos entram com um salário líquido de cerca de R$ 6 mil, enquanto um estatutário ganha R$ 3.800. Esse é apenas mais um improviso, que não julgamos justo nem adequado\", diz Armindo Fernando.

Já as obras do prédio da emergência e da clínica cirúrgica encontram-se em fase de preparação do projeto para licitação. A unidade tem até o início de fevereiro, segundo a decisão judicial, para começar a construção.

SOS Emergências

Diante do anúncio da inclusão do Hospital de Bonsucesso no programa SOS Emergência, do Ministério da Saúde, ficou agendada uma assembleia para a próxima quarta-feira, 12, com todos os médicos do hospital e entidades, sobre o assunto. O corpo clínico questionou por que não foi consultado sobre a intenção de que a unidade fizesse parte do projeto.