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SOS Emergências: CREMERJ e MS debatem sobre programa

04/12/2012

O Grupo de Trabalho Sobre Emergência do CREMERJ recebeu, nesta terça-feira, 4, a coordenação do programa SOS Emergências, do Ministério da Saúde, para discutir os avanços e desafios da iniciativa – que tem como meta diminuir a superlotação e melhorar as condições de trabalho nos pronto-socorros brasileiros. No Rio, duas unidades fazem parte do projeto: o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, e o Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo. Outros dois hospitais devem ser incluídos no programa: o Federal de Bonsucesso e o Federal do Andaraí, de acordo com o MS.

\"É bom acompanhar uma ação que está em curso, gerando resultados efetivos. Ainda assim, o número de unidades contempladas pelo SOS Emergências é muito baixo. A maior rede pública de emergência está no Rio e as demandas são inúmeras\", afirma o conselheiro do CREMERJ e vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriçá, que abriu o evento.

Também participaram da mesa que presidiu a reunião a coordenadora do Grupo de Trabalho Sobre Emergência, Erika Reis, e o coordenador da Comissão de Saúde Pública do Conselho, Pablo Vazquez, além da coordenadora nacional do SOS Emergências, Ana Augusta Pires Coutinho, e do apoiador matricial do ministério no Rio, Gilberto Scarazatti.

\"Desde março, a taxa de ocupação caiu em nove das 11 emergências que estão no programa. E muito disso se deve à melhoria nos processos internos, à gestão melhor dos fluxos. Agora estamos investindo em leitos de retaguarda para desafogar as unidades\", explica Ana Augusta, lembrando da portaria assinada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na sexta-feira, 30, para ampliação das vagas de UTI e clínica médica até março do ano que vem.

Recursos humanos

Para o conselheiro Pablo Vazquez, entretanto, os investimentos em reformulação de processos e na abertura de novos leitos de retaguarda não bastam para resolver o problema das emergências no SUS. É preciso, segundo ele, observar a grave falta de recursos humanos na rede.

\"Grande parte dos médicos nas unidades municipais e estaduais são temporários, com contratos que vencem até abril de 2013. Como vão substituir esses profissionais? Estamos discutindo a criação de leitos quando muitos hospitais fecham vagas porque não têm equipes para manter o atendimento\", questiona.

Outro desafio é adequar os leitos de retaguarda – especialmente os de alta complexidade – ao perfil dos pacientes de cada hospital. Chefes de equipe do Miguel Couto e do Albert Schweitzer, que participaram do encontro, também apontaram para essa necessidade.

\"Nós temos dificuldade para contratar leitos mais adequados a determinadas complexidades. A rede contratada é frágil e, muitas vezes, não comporta os pacientes que dão entrada no hospital pela emergência. Mas estamos trabalhando soluções para esse problema\", garantiu a coordenadora do SOS Emergências, que deve abranger 40 hospitais até 2014.

Congresso

Para discutir essas e outras questões ligadas a urgência e emergência, além de promover a formação continuada do médico que atua no setor, o CREMERJ promove anualmente o Congresso Médico dos Hospitais Públicos de Emergência do Rio de Janeiro. A próxima edição já tem data: 11 de maio. 

\"Estamos engajados na busca de saídas para o nó das emergências. Vamos ter muitas discussões interessantes durante o congresso, com palestras de colegas que vivem diariamente as angústias e dificuldades do atendimento nas unidades públicas\", convidou a coordenadora do grupo de trabalho, Erika Reis.