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Paulino Werneck: faltam médicos e equipamentos

27/11/2012

Falta de cirurgiões e clínicos, maternidade sem pediatras em vários plantões, infiltrações e mofo nas salas de atendimento. Esses foram alguns dos problemas encontrados pelo CREMERJ durante fiscalização ao Hospital Municipal Paulino Werneck, na Ilha do Governador, nesta terça-feira, 27. A visita faz parte da sindicância aberta pelo Conselho para apurar o atendimento oferecido a Fábio dos Santos Maciel, que morreu no dia 19 após sofrer um corte na veia femoral em sua festa de casamento. Antes de ser levado para a unidade, ele também passou pela UPA da Ilha.

\"A sindicância está em curso e seria precipitado afirmar o que aconteceu. A direção do hospital nos entregou uma cópia do prontuário, que será analisado\", afirma o coordenador da Comissão de Saúde Pública do CREMERJ, Pablo Vazquez.

O conselheiro Sidnei Ferreira também participou da vistoria, que foi acompanhada pela diretora geral do Paulino Werneck, Olga Figueiredo da Silva. A unidade só tem três ventiladores volumétricos – todos em uso por enfermos graves –, o que é insuficiente.

\"É uma situação absurda. O paciente com complicações deve ser estabilizado e transferido para um leito de tratamento intensivo. Como o hospital não tem esse tipo de vaga e a transferência demora, ele vai ficando ali\", diz ainda Vazquez.

Contratos temporários

A falta de recursos humanos na unidade ainda pode se agravar a partir de 31 de dezembro, quando vencem 24 contratos temporários de médicos da Fiocruz que atuam principalmente na emergência. Segundo a direção do hospital, a Prefeitura do Rio ainda não apresentou um plano para solucionar o déficit. Em 2013, com a chegada de milhões de pessoas no aeroporto do Galeão para a Jornada Mundial da Juventude, o Paulino Werneck será uma das referências para os atendimentos de urgência.

\"Não é possível o hospital funcionar com uma carência tão grande de profissionais. Hoje, só havia um cirurgião para atender toda a unidade e nenhum pediatra. Em 2008, entramos com uma representação no Ministério Público Federal pedindo a contratação de especialistas mas, de lá pra cá, nada mudou. Vamos continuar usando todos os meios legais para buscar o atendimento adequado e uma boa condição de trabalho para os médicos\", garante o coordenador da Comissão de Saúde Pública.