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HGB não atende recomendações do CREMERJ

14/11/2012

O CREMERJ se reuniu em assembleia nesta quarta-feira, 14, com representantes do corpo clínico, da comissão de ética e da direção do Hospital Federal de Bonsucesso e do Sindicato dos Médicos para monitorar a situação na emergência da unidade. Segundo levantamento apresentado, 41 pacientes estão internados no contêiner onde a emergência funciona provisoriamente. O limite de acolhimento do local improvisado, conforme recomendação do Conselho, é de 25 enfermos.

“É preciso que as centrais de regulação municipal e estadual, além da regulação interna da unidade, encontrem leitos adequados para que esses pacientes sejam transferidos. Vagas existem. É um absurdo que pacientes graves ou que demandem cuidados mais prolongados continuem na emergência”, afirmou a presidente do Conselho, Márcia Rosa de Araujo.

Os conselheiros do CREMERJ Armindo Fernando da Costa e Nelson Nahon, o diretor do HGB, Flávio Adolpho Silveira, e os médicos Carlos Eduardo Antonini (Comissão de Ética Médica), Júlio Noronha (Sindicato dos Médicos) e Ivany Yparraguirre (representante do corpo clínico) também integraram a mesa que comandou a assembleia.

Além do excesso de pacientes, também foi questionada a falta de um plano para melhorar a circulação de ar dentro da emergência. A direção da unidade afirmou que já havia pedido à empresa fabricante do contêiner medidas para a exaustão no local. A organização, entretanto, ainda não respondeu. Para o diretor adjunto do HGB, Moysés Recthman, mesmo as melhorias na unidade não serão suficientes para resolver as demandas do hospital, caso não sejam contratados novos médicos, em especial anestesistas.

“A contratação de recursos humanos - não apenas médicos - é fundamental, e não só na emergência. As filas para cirurgias são enormes. Contratar equipes significa dar uma nova chance a pacientes com câncer e outras doenças”, adverte Márcia Rosa.

Uma decisão da Justiça Federal também exige o cumprimento de medidas para garantir o bom atendimento na unidade. Em caso de descumprimento, o Ministério da Saúde deverá pagar multa diária de cem mil reais.

Histórico

A emergência do Hospital Federal de Bonsucesso funciona há um ano e oito meses de forma provisória, desde que as obras do hospital foram embargadas por medida judicial. Em outubro, após uma vistoria, o CREMERJ pediu que os pacientes fossem realocados em outras unidades em um prazo de dez dias. Na ocasião, a emergência foi considerada superlotada e insalubre.

Após o vencimento do prazo e o descumprimento da transferência dos pacientes, o corpo clínico do HGB, o CREMERJ decidiu pelo fechamento temporário da emergência para novos pacientes. Em 1º de novembro, antes que a decisão fosse cumprida, entretanto, o Ministério da Saúde assumiu alguns compromissos e decidiu-se por novos prazos para a regularização de problemas.

Ficou acordado que haverá contratação temporária de recursos humanos em 30 dias, abertura e conclusão da licitação para as obras da emergência em 90 dias e reparo das condições insalubres do contêiner em um mês.