Aviso de Privacidade Esse site usa cookies para melhorar sua experiência de navegação. A ferramenta Google Analytics é utilizada para coletar informações estatísticas sobre visitantes, e pode compartilhar estas informações com terceiros. Ao continuar a utilizar nosso website, você concorda com nossa política de uso e privacidade. Estou de Acordo

Falta de recursos prejudica Hospital Moacyr do Carmo

17/10/2012

O CREMERJ fez nesta quarta, 17, uma fiscalização no Hospital Municipal Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias. A vistoria foi motivada pela falta de financiamento da unidade, gerenciada por uma organização social civil de interesse público (Oscip) que não recebe recursos da prefeitura há seis meses. Com capacidade para 1200 atendimentos diários, o Moacyr do Carmo atende atualmente 200 pacientes por dia devido à falta de médicos e de insumos.

“Como fica claro pela queda no número de atendimentos, a parceria com a Oscip não funciona. Fomos informados que a prefeitura quer renegociar o contrato, o que pode prejudicar ainda mais o funcionamento do Moacyr do Carmo. A população depende do hospital, que é também referência para outros municípios da Baixada Fluminense”, comentou a presidente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo.

Outra grave questão é a ausência de regulação de vagas, uma vez que o sistema de regulação do estado não aceita os pacientes da UTI, segundo o que foi relatado por médicos da unidade. Desta forma, pacientes graves seguem internados na emergência, que fica sobrecarregada.

Muitos problemas apontados na última fiscalização do CREMERJ, em agosto, continuam: as cirurgias eletivas estão suspensas, sendo somente realizados procedimentos de urgência. Uma enfermaria da clínica médica continua fechada, o que leva a perda de 12 leitos. 

Os salários dos médicos contratados pela Oscip estão atrasados, fazendo com que muitos deles peçam demissão. Durante a vistoria de hoje havia somente um plantonista na UTI adulta responsável por 20 leitos. A Anvisa determina que sejam 10 leitos para cada plantonista. 

O relatório da fiscalização será encaminhado à prefeitura de Duque de Caxias, à Secretaria Estadual de Saúde e ao Ministério Público estadual.