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Fiscalização em Barra Mansa encontra falhas em unidade

10/09/2012

No dia 24 de agosto, o CREMERJ esteve no Hospital Maternidade Theresa Sacchi de Moura, em Barra Mansa, para vistoria das condições de trabalho médico na unidade. A maternidade é a única pública na cidade, que hoje conta com mais de 170 mil habitantes.

A situação da unidade foi apontada como precária pelas condições mínimas de funcionamento preconizadas pela Anvisa, Ministério da Saúde e resoluções do CREMERJ. Com o convênio firmado pela prefeitura de Barra Mansa com os municípios de Araperi (SP), Bananal (SP), Quatis (RJ) e Rio Claro (RJ), para realização de atendimento às gestantes, o volume de atendimentos aumentou significativamente. O hospital atende mais de 100 internações e 130 partos por mês, além dos atendimentos ambulatoriais e de emergência.

O corpo clínico, que solicitou a inspeção, relatou que há falta de equipamento e muitos dos que estão em uso estão sem condições de funcionamento, como o sonar e cardiotocógrafo. Embora a direção médica responda que foram adquiridos três novos detectores fetais, um sonar e um cardiotocógrafo e que os demais equipamentos necessários para completar as necessidades serão substituídos ao longo do tempo, não há data definida para a reposição.

Quanto à falta de medicamentos, a diretoria informa que foram sazonais e hoje não mais existem. A unidade necessita de obras urgentemente, havendo portas danificadas pela ação de cupins. Porém até o momento apenas reparos de pequeno porte estão sendo realizadas.

Os médicos sofrem com a falta de segurança, já que a sala de repouso está localizada próxima à emergência. Por vezes, os plantonistas são surpreendidos pelos pacientes ou seus responsáveis, inclusive com ameaças físicas. As dependências, inclusive, não comportam todos os médicos. Os plantonistas não recebem alimentação após as 19h e até mesmo os pacientes penam com a situação, uma vez que por ser uma maternidade de portas abertas, pacientes são admitidos após este horário e permanecem nas mesmas condições até o café da manhã do dia seguinte.

Os médicos que trabalham na maternidade, classificada como de alto risco, recebem salário mínimo acrescido de gratificações mensais, mas não são incorporadas aos salários. Os que ainda permanecem no hospital estão sendo expostos a uma jornada de trabalho excessiva.

O Conselho encaminhou o relatório de fiscalização ao Ministério Público e está sendo solicitada audiência com a promotora para que se exponha tanto a situação do Hospital Maternidade Theresa Sacchi de Moura, em Barra Mansa, quanto da pediatria nas emergências em Volta Redonda.