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Abertura do 8º Congresso do CREMERJ reúne secretários

25/05/2009

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ) anunciou no dia 23 de maio, a “Recomendação CREMERJ em relação às emergências do Rio de Janeiro”, elaborada a partir de uma pesquisa realizada em 2008, que traçava o perfil dos médicos e das emergências de 18 hospitais. O documento traz oito importantes recomendações para que se atinja um nível adequado de trabalho e assistência na rede pública. A apresentação aconteceu na abertura do VIII Congresso Médico dos Hospitais Públicos de Emergência do CREMERJ, que contou com a presença do secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes; do secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann; e do diretor do Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, Oscar Berro.
 
“Nesta recomendação, o CREMERJ propõe ações para melhoria do atendimento à população. Afinal, para organizar o fluxo nas emergências, é preciso resolver os problemas com a atenção básica e a regulação de leitos, por exemplo. Se a rede básica não funciona, a emergência superlota. E, na maioria das vezes, lota por conta de pacientes que tiveram o quadro agravado por falta de acompanhamento médico”, afirma Luís Fernando Moraes.
 
Sobre a questão do atendimento na rede básica, Hans Dohmann afirmou que tem consciência de que a cobertura oferecida atualmente é muito ruim, mas informou que a Secretaria Municipal de Saúde já tem um projeto para a área. “Vamos lançar em breve um grande programa de recuperação da atenção primária e acreditamos que esta dinâmica de pacientes melhore bastante”, diz o secretário de Saúde do município.
 
Diante da plateia, que contava com muitos acadêmicos de medicina, o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, comentou que a valorização do médico é fundamental para atrair bons e jovens profissionais para as unidades públicas. “Precisamos fazer com que os médicos que estão se formando, que ainda estão na faculdade, se sintam atraídos pelo serviço público. Para isso, é preciso dar condições de trabalho, garantir insumos e, principalmente, oferecer uma boa remuneração para que a assistência à população seja melhor”, afirma Côrtes.
 
Sobre a pesquisa 
 
A pesquisa, lançada no congresso do ano passado, foi a diretriz para a criação da Recomendação CREMERJ. Nela, os chefes de equipe entrevistados destacaram com principais problemas das emergências: déficit de médicos por especialidade, índices de superlotação, quantidade reduzida de equipamentos, falta de regulação entre unidades e elevado tempo de espera dos pacientes nas emergências.
 
Em 2008, por exemplo, 98% dos hospitais apresentavam superlotação. E 40% dos pacientes ficavam mais de 15 dias na emergência, enquanto, pela regulação dos planos de saúde, no caso dos hospitais particulares, o tempo ideal é de 12 horas. Também foram apresentadas queixas em relação à transferência de pacientes graves entre unidades: 91% consideravam esta regulação insuficiente.
 
Sobre o Congresso
 
Voltado para médicos e acadêmicos de medicina, o VIII Congresso Médico dos Hospitais Públicos de Emergência reuniu cerca de 50 palestrantes, todos ligados aos principais hospitais de emergência do estado do Rio de Janeiro. Foram 11 módulos de debates e palestras sobre avaliação e conduta inicial em emergência. A programação deste ano também apresentou novidades como as palestras e os debates sobre emergências pediátricas e obstétricas e ginecológicas. Para tornar o aprendizado ainda mais realista, o Corpo de Bombeiros ofereceu aulas em estações práticas, com bonecos simuladores.
 
Este ano, o congresso, que é organizado pelo Grupo de Trabalho sobre Emergência do CREMERJ, teve todas as suas 1.800 vagas preenchidas. “É o maior evento sobre o atendimento nos hospitais de emergência de todo o país”, afirma o presidente do CREMERJ.
 
O congresso faz parte do programa de educação médica continuada do CREMERJ. Realizado pelo Grupo de Trabalho sobre Emergência do CREMERJ, o evento conta ainda com o apoio do Grupamento de Socorro e Emergência do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (GSE) e do Centro de Educação Profissional em Atendimento Pré-Hospitalar (CEPAP).