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Médicos de Volta Redonda promovem assembleia

11/11/2011

Os médicos de unidades municipais de Volta Redonda, reunidos em assembleia na quinta-feira, 10, decidiram formar uma comissão representativa dos setores de emergência e de ambulatórios da rede para exigir da Prefeitura vínculo empregatício e o piso salarial da Fenam (R$ 9.188,72) para jornada de 20 horas semanais, reivindicações estas que vêm sendo cobradas desde o início do ano.

Os Conselheiros do CREMERJ Nelson Nahon, Luís Fernando Moraes e Sidnei Ferreira participaram da assembleia, junto com o Coordenador da Seccional de Volta Redonda, Olavo Marassi Filho. Eles informaram que o Conselho vai formular uma representação ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para que a Prefeitura estabeleça vínculos empregatícios com os médicos.

\"A situação é alarmante. Em setores como a emergência, por exemplo, 70% dos médicos são contratados por RPA, alguns deles há dez anos. Na maternidade do Hospital São João Batista, dos 14 médicos que trabalham no local, apenas dois têm vínculo empregatício. No setor de pediatria da Unidade Básica de Saúde, são quatro médicos, sendo apenas um estatutário\", ressaltou Nahon.

Luís Fernando alertou que esses são apenas alguns exemplos das dificuldades na rede. \"O cenário é crítico em várias unidades. Trabalhar tanto tempo sem direitos trabalhistas, não podendo tirar férias, adoecer e contribuir para a aposentadoria, mas continuar atendendo mostra o comprometimento dos médicos de Volta Redonda com a população. Entretanto, tudo tem limite. Chegou a hora de mudar\", frisou.

Para Olavo Marassi, outra questão preocupante é a discrepância entre os salários pagos aos médicos dependendo do setor em que trabalham.

\"A reunião mostrou que a categoria está cada vez mais unida na luta pelos seus direitos\", acrescentou o Coordenador da Seccional.

\"O CREMERJ está e estará sempre participando desse movimento, que consideramos justo e ético. Mas é importante que os colegas se mantenham mobilizados, para que consigamos reverter esse quadro de precariedade e ilegalidade em que os gestores colocaram aqueles que trabalham pela saúde pública\", salientou Sidnei Ferreira.