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CREMERJ denuncia falta de médicos

04/08/2011

Segundo CREMERJ, cartaz na porta do Paulino Werneck informava que só casos graves estavam sendo atendidos

O Conselho Regional de Medicina (CREMERJ) instaurou uma sindicância para apurar a falta de médicos no Hospital municipal Paulino Werneck, na Ilha do Governador, na manhã de ontem. Segundo a entidade, o setor de emergência foi fechado porque não havia sequer um clínico geral no local. Um cartaz, colado na porta, informava que somente casos muito graves estavam sendo aceitos.

Profissionais que trabalham na unidade relataram ao CREMERJ que só havia um pediatra, um cirurgião e um obstetra durante a manhã. Pela resolução número 100 do Cremerj, que estipula o número mínimo de médicos e equipamentos que cada plantão hospitalar deve ter, uma unidade do porte do Paulino Werneck deveria ter no mínimo dois clínicos gerais, um cirurgião, um pediatra, um ortopedista, um anestesista e um obstetra.

\"O Hospital Paulino Werneck está desde 2003 em crise. A maternidade fechou, depois foi reaberta. Agora o setor de clínica médica está desativado\", critica a presidente do Cremerj, Márcia Rosa de Araújo.

Rocha Maia trancou portões por falta de profissionais

No fim de semana, problema semelhante aconteceu no Hospital Rocha Maia, em Botafogo. Sem profissionais suficientes, a unidade manteve os portões fechados no domingo passado. Quem tentava atendimento era orientado pelos seguranças a procurar a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Botafogo, ou mesmo o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. A Secretaria municipal de Saúde informou que foram atendidos casos de maior urgência e que o plantão diurno de domingo teve funcionamento restrito em função da saída recente de profissionais.

Ontem, em nota, a Secretaria municipal de Saúde disse que o Hospital Paulino Werneck trabalhou com capacidade máxima e grande demanda de pacientes graves. Segundo o órgão, o serviço na unidade não foi interrompido e funcionou normalmente, com prioridade aos casos mais graves.

A nota esclareceu que \"a unidade trabalha de forma integrada com a unidade de pronto atendimento e os postos de saúde da região, remanejando casos ambulatoriais e que não representem urgência, de acordo com o perfil do hospital\". A secretaria informou que será realizado novo concurso público, que oferecerá mais de 2.500 vagas para toda a rede, sendo 1.700 médicos de diversas especialidades. O concurso foi autorizado na última semana.

A prefeitura disse ainda estar investindo R$ 26 milhões na construção de um novo hospital no bairro, com 6,5 mil m2 de área construída e cem leitos de diversas especialidades.

* Esta nota foi publicado no jornal O Globo, dia 4/8.