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Clipping - Rede pública de saúde de Niterói terá reforço de 154 leitos

O Globo Online /

22/03/2020


Para atendimentos relacionados à Covid-19, município arrendará por um ano hospital particular desativado em Piratininga

NITERÓI - Com o anúncio da prefeitura de que arrendará o Hospital Oceânico, da rede privada, por um ano, o sistema público de saúde poderá ganhar o reforço de 154 leitos para tratamento exclusivo de casos do coronavírus. A nova unidade - praticamente pronta, mas ainda desativada - deverá ser aberta em abril, em Piratininga, com 140 leitos de UTI. Outros 14 foram criados no Hospital Orêncio de Freitas, no Barreto. Há ainda a possibilidade da abertura de 25 vagas específicas em enfermaria e dez leitos de terapia intensiva para casos decorrentes da Covid-19 no Hospital Universitário Antonio Pedro. Mas esta última ação ainda está sendo negociada com autoridades de saúde das esferas municipal e estadual.

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O município faz agora os cálculos de quanto precisará investir para manter por um ano o hospital erguido na Avenida Raul de Oliveira Rodrigues 382. Após a reunião com o prefeito em que foi anunciado o arrendamento do edifício, na última quinta-feira, a secretária municipal de Fazenda, Giovanna Victer, disse em vídeo postado nas redes sociais que a previsão para abertura dos leitos é o início do mês que vem. Os do Orêncio de Freitas começaram a ser montados na semana passada.

Parceria com rede privada

Em live no Facebook na quinta-feira, após reunião com o secretariado e vereadores da base e de oposição, o prefeito Rodrigo Neves disse que a rede de saúde do município está estruturada com a emergência dos hospitais Mário Monteiro, na Região Oceânica, e do Carlos Tortelly, no Centro, além das policlínicas da Engenhoca e do Largo da Batalha.

- Hoje, são 35 leitos de UTI, e chegaremos, se necessário, a mais de cem - garantiu.

Na terça-feira, Rodrigo já havia fechado uma parceria com representantes de 15 grandes hospitais e clínicas privadas de Niterói e garantiu mais leitos, inclusive de UTI, para atender a casos mais graves de contaminação, se a rede de saúde pública necessitar.

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A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra o Antonio Pedro, diz que, em reunião com a Secretaria municipal de Saúde na última quarta-feira, informou a estrutura de que precisa para viabilizar a abertura de leitos de terapia intensiva e de enfermaria de observação na unidade. A empresa também está em negociação com a Secretaria estadual de Saúde para viabilizar as novas vagas.

Ajuda para banco de sangue
A abertura do Antonio Pedro para atendimento de casos de coronavírus também foi solicitada pela Comissão de Saúde da Câmara. Presidente do grupo, o vereador Paulo Edurado Gomes (PSOL) diz que a Secretaria municipal de Saúde confirmou a abertura de 25 vagas em enfermaria e dez leitos de UTI já nas próximas semanas.

Maior hospital da cidade, o Antonio Pedro vem sofrendo com o baixo estoque do banco de sangue. De acordo com a Ebserh, a situação está crítica, já que, devido ao coronavírus, muitas pessoas não estão doando. A empresa diz que está em contato com doadores regulares e reforçando a campanha entre funcionários e residentes, além de ajudar na mobilização do Hemorio. O hospital salienta que as doações são feitas com todo cuidado para evitar aglomerações na unidade e que podem ser agendadas ou marcadas em outros bancos de sangue.