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Clipping - Doenças digitais são tema do Encontros O GLOBO

O Globo / Economia

18/02/2019


Especialistas vão discutir a relação entre internet e redes sociais com a qualidade de vida e seus impactos na saúde humana

O intenso contato com os dispositivos eletrônicos trouxe alguns impactos negativos para a saúde humana nos últimos anos, com o desenvolvimento de doenças agora consideradas típicas do século XXI. A fomo (do inglês fear of missing out, ou “medo de ficar por fora”, em tradução livre) é o temor de não estar participando de tudo, de não estar a pardos assuntos que dominam as redes sociais. Já a nomo fobia( do também inglês no mobile phobia) é a angús tia causada pela impossibilidade de usar o celular, quando o aparelho quebra, não tem sinal ou é esquecido em casa.

Essas doenças e seus impactos na saúde são alguns dos assuntos que serão debatidos no próximo Encontros O GLOBO Saúde e Bem-estar, que tem como tema a internet e a qualidade de vida. O evento, uma realização do GLOBO com patrocínio do Cepem (Centro de Estudos e Pesquisas da Mulher), acontece na próxima quarta-feira, dia 20, às 9h, no auditório do jornal (Rua Marquês de Pombal 25, Cidade Nova). A participação é gratuita, e as inscrições devem ser feitas por meio do formulário disponível no link oglobo.globo.com/projetos/encontros-oglobo.

O debate será apresentado pelo cardiologista Cláudio Domênico e terá mediação da repórter Ana Paula Blower. Os convidados são o médico intensivista e cardiologista Flavio Alvim Guimarães, coordenador do serviço de Nutrição Enteral e Parenteral do Hospital Samaritano de Botafogo, e o fundador e CEO do Canal Meio S.A., Vitor Conceição.

— A internet, a inteligência artificial, isso tudo veio pra ficar. É inegável o benefício da tecnologia, mas ela tem também seu lado negativo —analisa Domênico. —O que a rede social faz quase sempre é levar as pessoas ase comparar com os outros. Você vive avidados outros, se projeta o tempo todo. Agente pode mergulhar na internet, mas tem que tomar cuidado para não se afogar. É sobre isso que vamos falar: sobre quando a internet é boa e quando pode ser ruim.

Já Vitor Conceição lembra que, quando se pensa em internet e qualidade de vida, a primeira coisa quevem à mente é o sedentarismo, mas não éapenas isso:

— Hoje estamos viciados em telas, o que gera uma série de questões. Mas as empresas de tecnologia já estão atentas e começam a usara tecnologia para lidar comos problemas criados por ela própria.

Conceição cita como exemplos os relatórios de uso recentemente introduzidos nos sistemas operacionais dos celulares, dando uma noção rápida aos usuários de quanto tempo passam em seus telefones e fazendo o quê. Já com relação ao sedentarismo, diversos aplicativos estão gerando a chamada “gam ifi cação” da atividade física, estimulando a prática de exercícios, ou ao menos que as pessoas se movimentem mais, com contagens de passos que dão prêmios em jogos se uma determinada meta é atingida.

Já aplicativos esportivos, como o Strava, conectam-se a relógios digitais, monitores cardíacos ou outros aparelhos que transformam as atividades solitárias como rotas de bicicleta numa cidade em competições on-line entre seus usuários —aponta.

     

O LIMITE DO SAUDÁVEL

Guimarães, por sua vez, vai abordar os mecanismos biológicos por trás dos vícios em tecnologia e como eles são explorados pelas empresas do setor para manter os usuários “grudados” em seus serviços.

—Vivemos em redes sociais com sistemas de inteligência artificial programados para maximizar compartilhamentos e curtidas, oque pode ocasiona resse tipo dede pendência—conta .— E quando essa dependência passa a ser um problema é qu evemos o limite do que é saudável e o que passa a ser doença nas redes sociais