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Clipping - Polícia investiga ação de milícia em hospital

Extra / Política

13/02/2019


Draco abre inquérito após médicos revelarem insegurança ao EXTRA

 

A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) instaurou um inquérito para investigar as denúncias, feitas por funcionários e reveladas ontem pelo EXTRA, de que milicianos estariam ocupando uma parte desativada do Hospital Estadual Santa Maria, na Taquara. Referência no tratamento da tuberculose, a unidade está transferindo pacientes. Os denunciantes afirmam que o motivo é o fechamento em função da violência.

Desde setembro do ano passado, a guerra entre milícia e tráfico pelo território se acirrou com a prisão do chefe do grupo paramilitar que controlava as comunidades da Teixeiras e Santa Maria, vizinhas ao hospital. Os tiroteios frequentes levaram profissionais de saúde a pedirem demissão, agravando a falta de médicos na unidade.

A Secretaria estadual de Saúde não se manifestou sobre as denúncias de insegurança, mas negou que parte do hospital esteja ocupada por milicianos. Ontem, afirmou que ainda não há uma definição sobre o que será feito com o hospital após a transferência dos pacientes para o Instituto Estadual de Doenças do Tóraz Ary Parreiras (Ietap), em Niterói.

— O prédio do hospital tem o formato de H. Uma das ‘‘pernas’’ do edifício está desativada e, nesse local, são vistas pessoas que não identificamos. Não sabemos o que fazem ali, se usam para guardar armas ou drogas. A polícia precisa investigar — pediu um profissional que se demitiu no ano passado.

A secretaria já havia informado anteontem que tem programada, dentro de critérios técnicos, a transferência dos doentes para o Ietap. O cronograma de transferência ainda está em fase de definição.

Um dos médicos que deixou a unidade disse que, no mês passado, um paciente foi ferido no braço por estilhaços de uma vidraça quebrada por um tiro.

Os tiroteios são constantes entre tráfico, milícia e policiais — disse o profissional, sem se identificar.