Clipping - Baixada Fluminense conta com atendimento humanizado gratuito
O Globo / Especial
04/02/2019
Centro
Oncológico de Duque de Caxias recebe 1.200 pacientes por mês
O início do ano marcou uma nova etapa na vida da dona de
casa Marilene Maria Pereira, de 56 anos. Diagnosticada com câncer de mama em maio
de 2018, a moradora de Cordovil, na Zona Norte do Rio, começou em janeiro a
fazer as sessões diárias de radioterapia no recém-inaugurado Centro Oncológico
de Duque de Caxias, a apenas seis quilômetros de sua casa.
— Agendaram a minha cirurgia na unidade de Vila Isabel do
Instituto Nacional do Câncer (Inca). Mas o sistema de regulação marcou as
minhas sessões de radioterapia no Centro Oncológico de Caxias. Gosto do
atendimento nas duas unidades, mas aqui é mais perto de casa. Facilita – diz
Marilene.
Desde o início do funcionamento em setembro passado, a
unidade já atende mensalmente 1.200 pacientes, realizando procedimentos de
quimioterapia e radioterapia. O número, que é motivo de orgulho para o
município, deve aumentar até o início de 2020. O Centro Oncológico de Duque de
Caxias está prestes a ganhar uma extensão, no Hospital Municipal Dr. Moacyr
Rodrigues do Carmo, onde haverá seis salas de cirurgia e também sessões de
quimioterapia. Juntos, eles vão compor a Unidade de Assistência de Alta
Complexidade em Oncologia (Unacon). As obras estão previstas para começarem
assim que a maternidade do hospital municipal for transferida para Santa Cruz
da Serra.
— O tratamento é complexo e, muitas vezes, consome o
paciente. Imagina ter que se deslocar de casa, pegar Linha Vermelha, Avenida
Brasil, ir para o Centro do Rio, passar o dia inteiro lá e, depois, fazer o
percurso de volta. Só quem passa por isso sabe a diferença que é ser atendido
perto de casa. Antes, havia pacientes que precisavam ir até Petrópolis—contaodiretor
do Centro Oncológico de Duque de Caxias, Gothardo Lopes Netto.
A procura por consultas fora da cidade continua, mas agora
são pacientes de outros municípios que se dirigem a Duque de Caxias, como adona
decas a Marilene. No centro oncológico, metade dos pacientes atendidos é da
mesma localidade. Os outros 50% são de cidades vizinhas, inclusive do Rio de
Janeiro.
O diagnóstico precoce da doença contribuiu para o
tratamento bem-sucedido de Marilene. Ciente da importância de entregar os
resultados dos exames em menos tempo, o secretário municipal de Saúde, José
Carlos Oliveira, garantiu que a Prefeitura de Caxias deve intensificar o
atendimento nas unidades básicas de saúde para que os pacientes tenham acesso
ao diagnóstico mais cedo:
— Até o final do ano, vamos ter um mamógrafo em cada
distrito. O Hospital Dr. Moacyr do Carmo e a Policlínica de Duque de Caxias vão
ter também tomógrafo, ressonância, ultrassonografia e serviços de biópsia de
próstata e de mama.
No centro oncológico, os pacientes têm tratamento,
acompanhamento e controle da doença. A unidade conta com 40 profissionais e
oferece um atendimento humanizado e gratuito aos pacientes regulados, ou seja,
direcionados após inscrição no Sistema de Regulação de Vagas de Consultas e
Cirurgias (Sisreg).
— Temos essa preocupação porque isso completa o tratamento
— destacou Gothardo Lopes Netto.
O Centro Oncológico de Duque de Caxias fi cana Avenida
Governador Leonel de Moura Brizola 490, Centro.