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Clipping - Mais de mil funcionários são demitidos de hospital municipal

O Globo /

08/12/2018


Fundação ligada à prefeitura vai administrar o Ronaldo Gazolla, em Acari, no lugar de OS que teve contrato cancelado. Ontem, só sete dos 290 leitos estavam ocupados

Os 1.116 profissionais de saúde do Hospital municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, foram demitidos ontem, sem terem recebido o salário de novembro, o 13º e a indenização pela rescisão do contrato. Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e funcionários administrativos foram dispensados depois que a prefeitura cancelou o contrato com a Organização Social (OS) Viva Rio, que administrava a unidade desde 2016. Pela manhã, um grupo fez um protesto na porta do hospital, que estava ontem com apenas sete dos seus 290 leitos ocupados.
— A Secretaria municipal de Saúde queria receber o hospital vazio, mas alguns pacientes não puderam ser transferidos, devido ao estado de saúde deles. Há dois doentes internados na UTI, quatro na Unidade Intermediária e um bebê na UTI neonatal. A maternidade está vazia, e a equipe de plantão só recebe gestantes que chegam em estágio avançado de trabalho de parto —contou uma técnica de enfermagem demitida. —Dos cinco andares do hospital, apenas o terceiro está aberto. A RioSaúde, fundação ligada à prefeitura que assume hoje a unidade, ainda está realizando processos seletivos. Segundo profissionais desligados ontem, apenas 5% dos empregados da Viva Rio serão recontratados pela nova gestão. Inaugurado em 17 de março de 2008, o Ronaldo Gazolla foi aberto com a proposta de dar suporte às unidades básicas de saúde da região. O hospital realiza procedimentos de média complexidade em ambulatórios. A maternidade e os serviços de internação funcionam 24 horas por dia. Mas, com a crise financeira do município, os repasses para a Viva Rio se tornaram irregulares, e a unidade começou a reduzir o atendimento.
A Viva Rio afirmou que a prefeitura lhe deve mais de R$ 30 milhões, relativos a “uma série de repasses previstos em contrato”. A OS, no entanto, foi multada, no último dia 26 de outubro, pela Secretaria municipal de Saúde em R$ 23,2 milhões, por descumprimento do contrato.
A secretaria informou que os pagamentos da rescisão dos funcionários e de outras pendências trabalhistas são de responsabilidade da Viva Rio.