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Clipping - Barulho do trânsito pode te deixar obeso

Extra /

11/12/2018


Ruído provoca alterações no sono, que afetam apetite e metabolismo das pessoas

O trânsito das grandes cidades é muito mais nocivo à saúde do que se imagina. Um estudo realizado pelo Instituto de Barcelona para a Saúde Global (ISGlobal) identificou que pessoas expostas aos ruídos produzidos no trânsito têm maior risco de serem obesas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, um tráfego pesado emite em média 80 decibéis. Já um automóvel a 20 metros de distância produz um barulho de 70 decibéis.
— Observamos que um aumento de 10 decibéis no nível médio de ruído foi associado a um risco 17% maior de obesidade. Nosso estudo contribui com evidências adicionais para apoiar a hipótese de que o ruído relacionado ao trânsito afeta a obesidade porque os resultados obtidos numa população diferente foram os mesmos relatados pelos autores de estudos anteriores — diz Maria Foraster, autora do estudo e pesquisadora do ISGlobal.
A pesquisa avaliou mais de três mil pessoas, em 10 anos, levando em consideração medidas como o peso dos participantes, altura, índice de massa corporal, circunferência da cintura e gordura abdominal. Foi avaliado também o efeito da poluição sonora causada por aeronaves e linhas de trem, associado a um risco maior de sobrepeso em longas exposições, não chegando à obesidade.
— Esse estudo não permite concluir com certeza qual foi a ligação entre o excesso de barulho e a obesidade. Mas acreditamos que isso ocorra por causa de um prejuízo do sono. Vários estudos anteriores já mostravam que pessoas que dormem mal, tem mais risco de desenvolver a obesidade — Walmir Coutinho, diretor do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
O barulho gera estresse e afeta o sono, além de alterar os níveis de hormônios e aumentar a pressão sanguínea. Entre outros efeitos, os distúrbios do sono desregulam o metabolismo da glicose e alteram o apetite. A longo prazo, tais efeitos podem evoluir para alterações psicológicas crônicas.