Clipping - Saúde é o tema que mais influencia eleitor do Rio
O Globo / País
21/09/2018
Área foi citada como prioridade por 44% do eleitorado, segundo a última pesquisa Ibope. Tema é mais relevante para população de baixa renda. Em seguida, aparecem Educação, com 21% e Segurança Pública, com 18%
Do conjunto de eleitores do Estado do Rio, 44% consideram
que os candidatos a governador devem priorizar a apresentação de propostas para
a Saúde, segundo a última pesquisa Ibope. O setor, de acordo com esta parcela
do eleitorado, é o mais relevante para a definição do voto na eleição para o
Palácio Guanabara. Os 44% representam mais do que o dobro da segunda área
citada pelos eleitores, que foi a Educação, com 21%. Tema bastante explorado
pelos candidatos, a Segurança Pública aparece em terceiro lugar, com 18%.
A pergunta feita pelo instituto foi a seguinte: “Durante a
corrida eleitoral, os candidatos apresentam propostas ligadas a diversas áreas.
Qual destas áreas deve ser a prioridade nas propostas de campanha para a
escolha do seu candidato ao governo do Rio de Janeiro?”.
Os recortes do levantamento mostram que a Saúde é escolhida
como prioridade mais por mulheres do que homens — 49% contra 38%. A citação ao
tema também vai diminuindo conforme a escolaridade do eleitor vai aumentando:
53% entre os que cursaram no máximo até a 4ª série do ensino fundamental; 50%
entre quem fez da 5ª a 8ª série do ensino fundamental; 46% para quem chegou ao
ensino médio; 28% entre os eleitores com curso superior. E quanto maior é a
renda mensal familiar, menos frequente é a citação à saúde: 54% na faixa até um
salário mínimo; 47% no recorte entre um e dois salários; 41% entre os eleitores
que recebem entre dois e cinco salários; e 31% no estrato que recebe mais de cinco
salários mínimos.
Em relação à Segurança Pública, a situação é inversa:
quanto mais escolarizado e rico, maior é a preocupação. O tema é citado como
prioritário por 11% dos eleitores que cursaram no máximo até a 4ª série do
ensino fundamental; 13% entre quem fez da 5ª a 8ª série do ensino fundamental;
18% para quem cursou o ensino médio; e 27% entre os que concluíram o ensino
superior. No recorte por renda, 12% dos eleitores que recebem até um salário
mínimo por mês citaram a segurança como prioridade; o índice foi de 15% na
faixa de um a dois salários; 20% entre os que recebem de dois a cinco salários;
e 28% dos que ganham acima de cinco salários.
PACIENTES SE QUEIXAM
A auxiliar de serviços gerais Aline Araújo, que buscava
atendimento ontem no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha Circular,
reclamou do atendimento.
— Não tem ortopedista nem maqueiro aqui. Todo mundo está
reclamando, é um problema que precisa ser resolvido. Eu torci o pé direito no
trabalho, e eu trabalho em pé. Agora, mancando, com o pé torcido, terei que ir
a Deodoro tentar o atestado.
Para Márcio José Vinícius de Souza, que está desempregado,
“os discursos dos políticos não correspondem à realidade”.
—Ninguém faz o que promete. A gente sabe como é, tudo é
preocupante. Os políticos deveriam cumprir o que prometem. A gente necessita de
mais hospitais, melhora na área de emergência, que é sempre precária, tem
poucos ortopedistas. Há muito a ser feito pelo próximo governador, seja ele
quem for.
Na mesma pesquisa Ibope, o combate à corrupção foi citado
como prioridade por 7% dos eleitores, enquanto a geração de empregos foi
mencionada por 4%, e o combate às drogas, por 2%. Habitação/moradia,
assistência social e saneamento básico foram escolhidos por 1% dos eleitores.
Meio ambiente, turismo, lazer/cultura, energia elétrica, agricultura,
estradas/rodovias, funcionalismo público e impostos não receberam menções que
alcançassem 1%.