Aviso de Privacidade Esse site usa cookies para melhorar sua experiência de navegação. A ferramenta Google Analytics é utilizada para coletar informações estatísticas sobre visitantes, e pode compartilhar estas informações com terceiros. Ao continuar a utilizar nosso website, você concorda com nossa política de uso e privacidade. Estou de Acordo

Clipping - Pedro II: uma longa espera que mata

Extra / Cidade

21/08/2018


Funcionário filma necrotério cheio de corpos. Direção diz que mortalidade é compatível

Funcionários e pacientes do Hospital Pedro II, em Santa Cruz, denunciam que há pessoas morrendo em decorrência da longa espera por atendimento na unidade.

“Essa é a situação no morgue (necrotério) de Santa Cruz, Hospital Pedro II. É porque está morrendo muita gente. É a espera indevida, o tratamento indevido. Ontem, no plantão, foram seis óbitos, no plantão de 12 horas”, lamenta um funcionário ao mostrar imagens de corpos divulgadas, ontem, no “RJTV”, da Rede Globo. O profissional ainda revela que uma das mortes ocorreu numa cadeira do hospital, antes mesmo do atendimento. “Morreu sentado na cadeira. Não chegou nem a ir para um leito”, diz.

Pacientes que chegaram ao Pedro II no fim de semana vinham de uma peregrinação por outras unidades.

“Estou com uma torção no tornozelo, fui à UPA do Cesarão, o raio-X estava quebrado. Vim aqui para o Pedro II às 8h e estou até agora sem atendimento, porque o ortopedista foi fazer cirurgia e só vai voltar em quatro horas”, contou Francisco de Assis Gomes.

Uma criança que também tentou atendimento no Pedro II, mas, segundo os parentes, não havia ortopedista. “Encaminharam para o Rocha Faria para fazer o atendimento dela”, explicou um familiar.

A nora de outro paciente contou que o sogro deu entrada na sexta-feira com AVC. Dois dias depois, ainda esperava internação, sentado numa cadeira.“A única coisa que ele fez até agora foi tomografia”, criticou Jurimar Coutinho.

A direção do Pedro II nega a falta de ortopedista no plantão e diz que qualquer desassistência deve ser comunicada à direção. Justificou ainda que, por ser uma unidade próxima da Avenida Brasil e de comunidades marcadas pela violência, recebe muitas vítimas graves de acidente de trânsito, tiros e quedas de laje. “A taxa de mortalidade na unidade é compatível com esse perfil de pacientes”, diz a nota