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Clipping - Teste de DNA identifica chance de homem ter câncer de próstata

O Globo / Sociedade

12/06/2018


Estudo encontrou 63 variações genéticas que aumentam risco da doença

Um estudo com mais de 140 mil homens encontrou 63 variações genéticas que, quando presentes no código do DNA, aumentam o risco de câncer de próstata. Pesquisadores combinaram essas novas variantes com as mais de 100 anteriormente apontadas como ligadas à doença para desenvolver um exame de DNA que tenta prever quais homens têm mais chances de adoecer. Eles conseguiram identificar o grupo de 1% em maior risco: são homens com probabilidades quase seis vezes maiores de ter a doença do que a média da população porque herdaram muitas dessas variantes de risco.

O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum em homens americanos: um em cada nove sendo diagnosticados durante a vida.

O estudo aumenta para 170 o número de variações do DNA consideradas de risco genético para desenvolvimento do câncer de próstata, aproximando cientistas do uso de informações genéticas para tratamento clínico. Os resultados equipam os médicos com ferramentas práticas para avaliar os pacientes e para um diagnóstico antecipado. O estudo foi publicado ontem na revista Nature Genetics.

— Não é uma cura, mas pode ajudar a identificar homens com alto risco de ter câncer de próstata, que podem se beneficiar de exames avançados e futuras prevenções — disse Christopher A. Haiman, professor de medicina preventiva da Universidade do Sul da Califórnia e principal autor do estudo — Agora precisamos pensar em como usar essa informação genética para a prevenção.

Para identificar marcadores genéticos associados ao risco de câncer de próstata, os pesquisadores usaram "OncoArray", uma nova análise de DNA. Foram comparadas mais de meio milhão de alterações no código de DNA de 80 mil homens com a doença e de 61 mil saudáveis.

Individualmente, cada uma das 63 variações tem um pequeno efeito no risco para o paciente, mas o efeito de herdar múltiplas variantes combinadas pode ser dramático. Os pesquisadores conseguiram identificar o grupo de homens com mais alto risco porque eram aqueles que haviam herdado muitas das variantes genéticas prejudiciais.