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Clipping - Pedro Ernesto enfrenta falta de remédio para combate à Aids

O Globo / Rio

04/06/2018


Associação diz que falha na distribuição não está associada à greve do transporte

Pessoas soropositivas que precisam do antirretroviral Atazanavir 200mg estão há pelo menos vinte dias enfrentando problemas para conseguir o medicamento no Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), da Uerj. O alerta foi dado pela Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia). A entidade diz que a falta do remédio pode criar resistência ao princípio ativo.

O coordenador da área de promoção de saúde e prevenção da Abia, Juan Carlos Raxach, disse que o remédio chegou na quarta-feira, mas não em quantidade suficiente para atender a todos os pacientes.

— Tem que tomar todos os dias, em horário fixo e com alimentação adequada. Se parar de tomar, a pessoa pode criar resistência e ser obrigada a passar para uma terapia mais complexa — alertou.

Segundo a Abia, o Atazanavir é um medicamento antigo e que já existe no Brasil. A instituição reforçou que a falha na distribuição não está vinculada à greve dos caminhoneiros. Juan Carlos, que é soropositivo, afirma que foi afetado:

— Também estou sofrendo as consequências. Mas ainda tenho estoque por uns dias.

O Pedro Ernesto informou, em nota, que não é responsável pelo fornecimento da medicação, mas, sim, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS): “O que fazemos é apenas a distribuição local. Ao notar que faltavam alguns itens, a farmácia do hospital avisou à secretaria.”

Procurada, a SMS informou que a distribuição é baseada nos pedidos feitos por unidades médicas através de um sistema do Ministério da Saúde. “Segundo informações que constavam até ontem (quartafeira) pela manhã, havia 540 comprimidos de Atazanavir no Hupe. No entanto, as informações foram alteradas ao longo do dia, porque a medicação teria perdido a validade enquanto estava estocada na própria unidade.”