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Clipping - Nova administração, velhos problemas

Extra / Cidade

04/04/2018


As quatro UPAs — Copacabana, Botafogo, Tijuca e Jacarepaguá — e o Hospital da Mãe, de Mesquita, que deixaram de ser administrados pela organização social (OS) Hospital Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ), na última segunda-feira, passaram ontem para gestão de outras OSs.

A Secretaria estadual de Saúde (SES) informou que a OS Unir Saúde assumiu a UPA Tijuca; a OS Mahatma Gandhi, a UPA Copacabana; a OS Cruz Vermelha, a UPA Botafogo; a Lagos Rio, a UPA Jacarepaguá; e a OS Instituto Gnosis, o Hospital da Mãe.

Em Copacabana, um mutirão de limpeza e manutenção chegou cedo à UPA. Funcionários da nova OS descarregavam caixas de medicamentos e insumos.

— Pegamos a unidade completamente desabastecida — disse um funcionário, que pediu para não ser identificado.

À tarde, pacientes afirmaram que o atendimento estava normal, mas alguns se queixaram da pouca resolutividade:

— Em dois meses, é a terceira vez que venho aqui com dor de estômago. Apenas dão remédio para dor, mas não há um exame, nada para saber a causa. Vou para o Hospital Miguel Couto — disse o motoboy Gustavo Adolfo, de 29 anos.

Daiane de Oliveira, de 28 anos, elogiou a rapidez com que conseguiu a consulta pediátrica para Davi, de 5 meses, resfriado, mas não sabia, ao sair da UPA Copacabana, como compraria o xarope:

— Muitas mães não podem comprar e, aqui, não dão remédio para uso em casa.

Na UPA Botafogo, nada mudara. Sala de espera lotada e demora para o atendimento. A diarista Rosemeire Silva, de 43 anos, contou que esperou três horas e meia para o médico examinar seus olhos, com conjuntivite:

— Estou revoltada porque ele só mandou eu usar um colírio que já costumo usar. Mandou procurar oftalmologista.

Na UPA Tijuca, faixas que avisavam sobre a greve dos funcionários, em função da falta de pagamento, foram retiradas. À tarde, a unidade estava com poucos pacientes.

A SES informou que, desde janeiro de 2016, nenhuma UPA da rede estadual fornece remédios para uso em casa. A secretaria afirmou, por intermediação do Ministério Público Estadual, vai depositar os valores referentes aos 13º de 2017 (o de 2016 também está em atraso) e os salários dos profissiona sis dessas unidades, até o dia 2 de abril.