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Clipping - Operação de catarata tem fila de 12 mil pessoas

Extra / Cidade

13/03/2018


Procedimento mais esperado é a cirurgia corretiva, mas Corujão da prefeitura não faz 

O programa da Prefeitura do Rio criado para diminuir as filas de cirurgia deixou de fora aquela operação que, segundo o Sistema de Regulação (Sisreg), tem maior demanda: a de catarata. O Corujão da Saúde começou a funcionar em 1º de março e, até o dia 11, realizou ao todo 390 procedimentos cirúrgicos, segundo o secretário municipal de Saúde, Marco Antonio de Mattos.

— Nossa meta é fazer 1.020 cirurgias no mês, mas acredito que vamos passar desse número — diz.

A fila de espera de todo tipo de cirurgia do Sistema de Regulação da Prefeitura do Rio (operações de baixa complexidade) tinha 74.111 pessoas em 9 de março, data de atualização mais recente. Só para o procedimento de catarata, são 12.674 pacientes esperando.

O Corujão da Saúde, no entanto, focou os esforços em operações mais simples. São feitos apenas dois procedimentos oftalmológicos — pterígio (retirada de uma membrana da frente do olho) e calázio (inflamação parecida com terçol) —, além de três tipos de hérnias, vasectomia e fimose.

— Embora sejam de menor complexidade, esses procedimentos são de grande demanda. Precisávamos olhar para a grande demanda da cidade. Cirurgia de hérnia é a terceira demanda da rede. Essas pessoas estão esperando há dois, três anos — afirma o secretário.

A rede municipal do Rio só faz operações de catarata no Hospital municipal Miguel Couto, no Leblon, e no Hospital municipal de Piedade. A rede federal também oferece o serviço, mas a maior parte dos procedimentos gratuitos realizados na cidade é feita pela rede privada e paga pelo SUS.

Ontem, houve uma reunião do secretário e do prefeito Marcelo Crivella com representantes de unidades de saúde privada para fazer uma segunda etapa do Corujão, incluindo as operações de catarata, que seriam feitas nesses hospitais particulares e pagas que pelo SUS. No entanto, a prefeitura ainda estuda se terá dinheiro para pagar pelo serviço.

Programa custa R$ 800 mil por mês à secretaria

Oito hospitais da rede municipal têm um terceiro turno de cirurgias com o Corujão da Saúde: Miguel Couto, Salgado Filho, Souza Aguiar, Lourenço Jorge, Francisco da Silva Telles e o da Piedade, bem como os dois pediátricos, Jesus e Nossa Senhora do Loreto. O reforço custa R$ 800 mil por mês aos cofres do município.

Os procedimentos são realizados por médicos servidores da rede municipal que recebem gratificações calculadas de acordo com a carga horária dedicada ao projeto em cada mês. “Vale ressaltar que a participação dos profissionais é voluntária”, informou a Secretaria municipal de Saúde.