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Clipping - Em seu 2º dia, emergência do Bonsucesso já fica lotada

O Globo / Rio

02/03/2018


Pacientes estavam sendo atendidos em macas e cadeiras no corredor de setor recém-inaugurado

No segundo dia de funcionamento da nova emergência do Hospital Federal de Bonsucesso, o espaço de 3.500 metros quadrados e 62 leitos já tinha pacientes em macas e cadeiras no corredor. O problema é que o setor foi inaugurado anteontem já com todos os 18 leitos das enfermarias masculina e feminina e as dez poltronas da sala de hipotermia adulto (local para aplicação de medicamento) ocupados pelos doentes que foram transferidos da emergência que funcionou por sete anos em três contêineres. Além disso, nesses dois dias, outros pacientes procuraram a unidade, que foi inaugurada sem a contratação dos profissionais de saúde necessários para atender à demanda.

Levantamento feito pela direção do hospital, com a consultoria do Sírio Libanês, mostra que é preciso contratar mais de mil profissionais, entre médicos, enfermeiros e pessoal administrativo, para que o novo setor funcione em sua capacidade plena, atendendo até cem pacientes por dia. O CTI, com dez leitos, assim como a sala vermelha, com quatro leitos, permanecem fechados por falta de pessoal.

Na manhã de ontem, a sala de espera da emergência estava lotada. Havia no plantão três clínicos, dois cirurgiões, um pediatra e um neurologista. A partir das 19h, quando mudaria o turno, a equipe prevista era de apenas um clínico.

A médica já avisou à equipe que não ficará sozinha para atender nessa confusão. A fila na sala de espera só aumenta — disse um médico do hospital, que pediu anonimato por medo de represálias. — Por volta das 13h, contamos cerca de 50 pacientes aguardando atendimento de enfermagem.

     

DEFENSOR QUER MULTA

O defensor público da União Daniel Macedo afirmou, em visita à unidade anteontem, que vai pedir à Justiça a aplicação de multa aos gestores.

— A obra está pronta, mas é fato que não há pessoal para a emergência funcionar a pleno vapor.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que, numa segunda etapa, “a força de trabalho da emergência e de outras áreas do hospital deverá ser aumentada para atender às novas necessidades”.