Clipping - Musicoterapia é tratamento complementar para doenças
Extra / Bem-viver
10/02/2018
Canções melhoram distúrbios de comportamento e aumentam as chances de cura do câncer
Não importa se é samba, funk, axé, forró, sertanejo, pop,
rock ou MPB: a música faz bem para os ouvidos e o corpo todo. Na musicoterapia,
o som, o ritmo, a melodia e a harmonia da canção são as ferramentas para tratamentos
físicos, sociais e psicológicos.
— O musicoterapeuta utiliza diversos tipos de instrumentos
musicais, o corpo, a voz e demais os sons com a intenção de estabelecer canais
de comunicação com seus pacientes — explica Carla França, psicóloga clínica,
arte educadora e colaboradora do Coletivo Virgínia Bicudo: — Centros de
atendimento psicossociais, cada vez mais, utilizam a musicoterapia para
realizar intervenções terapêuticas e realizar atividades inclusivas na
comunidade como, por exemplo, com a criação de blocos carnavalescos.
Associado ao Instituto Municipal Nise da Silveira,
especializado em saúde mental, o Ponto de Cultura Loucura Suburbana oferece,
durante todo o ano, oficinas de percussão para os pacientes e a comunidade no
geral. Quem participa das aulas é convidado para desfilar no bloco de carnaval
homônimo, que sai toda a quinta antes do carnaval.
— A música faz parte do nosso dia a dia. As pessoas começam
a aprender e desenvolver seus talentos. Assim, elas deixam de se ver como
loucas e passam a se identificar como artistas — afirma Ariadne de Moura
Mendes, fundadora e coordenadora do bloco Loucura Suburbana e do ponto de
cultura.
A música tem a capacidade de estimular a coordenação
motora, reduzir o estresse e a fadiga. Além disso, a técnica pode ser usada
como terapia complementar para tratar doenças graves, como o câncer.
A musicoterapia aumenta a tolerância do paciente ao
tratamento. Ela ajuda a reduzir a ansiedade e melhora o conforto. Pacientes
chegam bem tensos e depois das sessões ficam descontraídos e alegres — comenta
Taynan Ribeiro Nunes, oncologista do Cecon Grupo Oncoclínicas.