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Clipping - Crise no estado ameaça funcionamento do Hospital Azevedo Lima

O Globo / Niterói

23/12/2017


Médicos paralisam atendimento, mas voltam ao trabalho no mesmo dia

 

Médicos do Hospital Estadual Azevedo Lima, principal emergência da cidade, fizeram uma paralisação relâmpago quintafeira, protestando contra o atraso de salários. O Instituto Sócrates Guanaes, organização social que administra o hospital, alega ter recebido repasses de apenas 64% do valor total do contrato de gestão com o estado. Principal emergência da cidade, o Hospital Estadual Azevedo Lima, no Fonseca, está sentindo os reflexos da crise do estado. Com pagamentos atrasados, médicos atenderam, na última quinta-feira, apenas os casos mais graves na emergência. Orientados pelo Sindicato dos Médicos de Niterói a retomar os trabalhos, eles suspenderam o protesto uma hora depois. O Instituto Sócrates Guanaes (ISG), Organização Social que administra o hospital, alega que recebeu da Secretaria Estadual de Saúde, ao longo de 2017, apenas 64% do valor do contrato de gestão do Azevedo Lima.

Segundo uma médica que pediu para não ser identificada, além de o último salário não ter sido pago a todos os funcionários, a última parcela do 13º de 2016 e o 13º deste ano estão atrasados. Ela conta, ainda, que o hospital está trabalhando sempre no limite de suprimentos:


— A emergência não chegou a ser fechada. Foram feitos apenas atendimentos de casos graves. Como não podemos fazer greve, estamos buscando orientações junto ao sindicato. A administração pagou, semana passada, parte dos funcionários, mas os médicos de CLT ainda não receberam. Alguns que são pessoa jurídica estão com quatro meses de salários atrasados. É um absurdo. Eles alegam que precisaram pagar fornecedores que estavam sem receber há dez meses, mas, por lei, a prioridade é pagar os trabalhadores — relata a médica.

O ISG alega que não será possível pagar a quarta parcela do 13º salário de 2016 e que não há previsão de pagamento do 13º salário de 2017, a menos que haja repasse suficiente. “O pagamento dos funcionários é a prioridade do ISG no recebimento do repasse mensal que viabilize a folha. Os colaboradores nunca deixaram de receber o pagamento integralmente dentro do mês. Os repasses de dezembro recebidos até a presente data, no entanto, não foram suficientes para pagar parte dos colaboradores médicos. Mesmo diante da crise do estado e consequente falta de repasses, o instituto vem administrando os recursos para manter todos os setores em funcionamento”, diz em nota.

A Secretaria de Saúde não comentou os atrasos nos repasses, se limitando a dizer que o hospital funciona normalmente.