Aviso de Privacidade Esse site usa cookies para melhorar sua experiência de navegação. A ferramenta Google Analytics é utilizada para coletar informações estatísticas sobre visitantes, e pode compartilhar estas informações com terceiros. Ao continuar a utilizar nosso website, você concorda com nossa política de uso e privacidade. Estou de Acordo

Clipping - Pinel fecha 15 dos 18 leitos para tratamento de alcoolismo e drogas

O Globo / Rio

16/11/2017


Crise fez unidade desativar também metade das 70 vagas do setor de emergência

Considerada a principal emergência psiquiátrica da cidade, o Instituto Philippe Pinel, em Botafogo, reduziu o número de atendimentos, fechou leitos e cortou a alimentação oferecida a funcionários e acompanhantes de pacientes. Um dos setores mais afetados, como noticiou o colunista Ancelmo Gois, foi a unidade de tratamento para alcoolismo e usuários de drogas, onde 15 dos 18 leitos foram fechados. A média de pacientes atendidos no setor por mês caiu de 300 para 50. Segundo a Comissão de Saúde da Câmara dos Vereadores, por causa dos cortes no orçamento, metade das 70 das vagas em leitos de emergência do Pinel também fechou este ano.

FALTAM ATÉ CALMANTES

De acordo com vereador Paulo Pinheiro (PSOL), membro da comissão que há três semanas fez uma vistoria no hospital, atualmente a unidade tem 21 médicos, entre eles quatro contratados temporariamente depois que a emergência correu risco de ser fechada. Médicos e enfermeiros chegaram a realizar um protesto na porta do Pinel em agosto, denunciando a falta de pessoal. Segundo os dados da comissão, o instituto atende mensalmente 600 pacientes e recebe em média 109 internações.

Durante a visita, os vereadores constataram que há falta de vários medicamentos, como Diazepam (calmante), a Dexametasona (corticoide), a Cefalexina (antibiótico), além de dipirona e aspirina. A unidade também sofre com os efeitos da não renovação dos contratos de prestação de serviço, como o de manutenção. Segundo Pinheiro, funcionários da empresa de segurança também estão com salários atrasados:

— A prefeitura não renovou o contrato de manutenção e o serviço foi encerrado. Com isso, mês passado, o gerador do prédio quebrou e não havia quem consertasse, precisaram chamar funcionários para dar um jeito.

Segundo o vereador, o orçamento do Pinel para 2017 era de R$ 15 milhões. Foram cortados R$ 1,3 milhão. Em 2018, a prefeitura prevê ainda menos: o orçamento será de R$ 13,8 milhões.

Procurada, a prefeitura do Rio não se manifestou.