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Clipping - TCM cobra explicação sobre cortes na Saúde

Extra / Cidade

16/11/2017


Redução de despesas no setor vai impactar ainda mais o atendimento, diz relatório

Em meio à restrição de serviços nas unidades básicas de saúde por falta de pagamento a Organizações Sociais, a Prefeitura no Rio terá que prestar esclarecimentos ao Tribunal de Contas do Município sobre os cortes que têm sufocado o setor. Por unanimidade, o TCM aprovou o relatório do conselheiro José de Moraes Correia Pinto, que alertou oficialmente ao município que a limitação de empenhos vai provocar “impacto negativo direto na qualidade e na quantidade dos serviços oferecidos à população”.

O relatório mostra que a dívida da prefeitura com OSs chega a R$ 460 milhões, se levados em conta restos a pagar no ano passado. E os cortes foram feitos em um compasso bem maior que a queda de receitas: enquanto os repasses federais e estaduais do SUS caíram 5,28% na comparação com 2016, a despesa empenhada na Saúde caiu 10,77%. Sem dinheiro, o número de contratos emergenciais, 60, segundo o TCM, representa 35% dos 173 contratos assinados esse ano.

Também ontem, o secretário de Saúde, Marco Antonio de Mattos, se reuniu com vereadores e disse que, se não conseguir recursos para fechar o ano sem dívidas em 2017, vai precisar de R$ 1 bi sobre o orçamento previsto para 2018, que é de R$ 5,4 bilhões. Para chegar até o fim de 2017, ele afirma precisar de R$ 600 milhões. Apesar disso, o prefeito Marcelo Crivella negou atraso de repasse de verba.

— Estamos sendo rigorosos, mas está tudo em dia hoje. Não há uma OS atrasada. Nenhuma.

Enquanto isso, pacientes enfrentam uma rede municipal depauperada. Com esquizofrenia, a dona de casa Onilda Souza Bello, de 52 anos, precisou comprar pelo segundo mês seguido o medicamento para controlar a sua doença. Ontem, na Clínica da Família Marcos Valadão, em Acari, não encontrou o remédio. E ela teme pelo futuro da unidade, que já funciona com só 30% de suas equipes. A situação é a mesma nas 117 clínicas da família, todas administradas por OSs. Na Rocinha, estão disponíveis apenas 25% dos medicamentos, estimam funcionários da farmácia